A Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Imediatas e Regiões Geográficas Intermediárias 2017 apresenta um novo quadro regional vinculado aos processos sociais, políticos e econômicos sucedidos em território nacional desde a última versão da Divisão Regional do Brasil publicada na década de 1990. Seu objetivo é atualizar as articulações das cidades entre si, em termos de circulação de pessoas, serviços e informações, por exemplo, e com isto subsidiar o planejamento e gestão de políticas públicas em níveis federal e estadual e disponibilizar recortes para divulgação dos dados estatísticos e geocientíficos do IBGE para os próximos dez anos.

O novo recorte das Regiões Geográficas incorpora as mudanças ocorridas no Brasil ao longo das últimas três décadas, a partir de duas escalas: as Regiões Geográficas Intermediárias e as Regiões Geográficas Imediatas, que anteriormente eram conhecidas como Mesorregiões e Microrregiões Geográficas, respectivamente. Esta nova forma de enxergar o território não altera ou substitui a divisão político-administrativa do território em municípios, Unidades da Federação e Grandes Regiões; trata-se de mais uma opção, uma construção do conhecimento geográfico, delineada pela dinâmica dos processos de transformação ocorridos recentemente e operacionalizada a partir de elementos como rede urbana e fluxos de gestão, entre outros, capazes de distinguir espaços regionais em escalas adequadas.

As Regiões Geográficas Imediatas têm na rede urbana o seu principal elemento de referência. Essas regiões são estruturadas a partir de centros urbanos próximos para a satisfação das necessidades imediatas das populações, tais como: compras de bens de consumo, busca de trabalho, procura por serviços de saúde e educação e prestação de serviços públicos, como postos de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério do Trabalho e de serviços judiciários, entre outros.

As Regiões Geográficas Intermediárias correspondem a uma escala intermediária entre as Unidades da Federação e as Regiões Geográficas Imediatas. Elas articulam as Regiões Geográficas Imediatas de funções urbanas de maior complexidade, como serviços médicos especializados ou grandes universidades.

Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Imediatas e Regiões Geográficas Intermediárias 2017 buscou incorporar novos atores ao processo de delimitação das Regiões Geográficas, incluindo o conhecimento local das diferentes formas de organização do espaço brasileiro. Para isto, contou com a participação de órgãos de planejamento estaduais por meio de uma parceria mediada pela Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística (Anipes), e com o trabalho de unidades do IBGE em todo o território nacional.

Divisão Regional do Brasil em Regiões Geográficas Imediatas e Regiões Geográficas Intermediárias 2017 pode ser acessada aqui.

108 municípios têm alteração territorial em 2016

Em 2016, 108 municípios brasileiros tiveram modificação em seus territórios. É o que revela a atualização dos Mapas Municipais para fins estatísticos das Estimativas Populacionais 2016, que mostra transformações decorrentes de legislação estadual mais recente. As estimativas de população anuais produzidas pelo IBGE têm como base atualizações da Divisão Político-Administrativa Brasileira (DPA).

UNIDADE DA FEDERAÇÃO

Nº DE MUNICÍPIOS ALTERADOS

ALAGOAS

25

BAHIA

25

GOIÁS

5

MARANHÃO

8

MATO GROSSO

6

PARAÍBA

6

PERNAMBUCO

9

PIAUÍ

9

RIO DE JANEIRO

2

RIO GRANDE DO NORTE

2

RONDÔNIA

1

SÃO PAULO

3

TOTAL

108

As estimativas de população também refletem modificações territoriais por decisões judiciais ou por parecer normativo da Procuradoria Federal no IBGE. As alterações incorporadas na metodologia das Estimativas Populacionais de 2016 foram encaminhadas ao IBGE de 01/maio/2015 até 30/abril/2016.