É fato que qualquer levantamento topográfico está sujeito a erros, mas como evitá-los ou corrigi-los? Com o uso de técnicas, equipamentos adequados e cuidados redobrados, o profissional pode reduzir significativamente as ações dos erros nos seus resultados.
Por Luís Antônio Soares*
Para representar a superfície da Terra, são efetuadas medidas de grandeza como direções, distâncias e desníveis que são usadas em cálculos subsequentes. Para que o levantamento seja realizado com sucesso, no entanto, é necessário haver a combinação ideal da habilidade humana com o equipamento adequado. Contudo, essas duas variáveis estão suscetíveis a erros. Por isso, é necessário entender que toda medida está afetada por algum tipo de erro e que isso é inevitável.
Sendo assim, é essencial que o profissional que deseja empreender no setor conheça os diferentes tipos de erros, suas causas, suas possíveis magnitudes sob diferentes condições de trabalho, assim como sua maneira de se propagar e como evitá-los. Além disso, é importante saber quando o erro é aceitável ou se será necessário realizar novas medições.
Fontes de erros nos levantamentos topográficos
Os erros de um levantamento topográfico podem ser oriundos de três fontes distintas: condições ambientais, instrumentais ou pessoais. Os erros, causados por estes três elementos, poderão ser classificados em grosseiros, sistemáticos e aleatórios.
Falando sobre cada um desses erros, pode-se dizer que os erros grosseiros são causados devido à falta de atenção, descuido ou falta de habilidade do medidor. Quanto aos erros aleatórios, estes são erros imprevisíveis, inevitáveis em cada medida e que atuam de maneira completamente irregular sobre as mesmas.
Tais erros são considerados no momento do ajustamento dos dados. Por fim, os erros sistemáticos são oriundos de medidas não conformes, como trena dilatada ou baliza torta, instrumentos não retificados ou mal calibrados.
Em campo, esses erros podem ser identificados em vários tipos de medidas e, muitas vezes, passam desapercebidos. Por exemplo, comumente pode acontecer de algum número no momento da leitura ser trocado e a anotação da observação, por exemplo, anotar 1,96m ao invés de 1,69m. Outro exemplo é o de deixar a baliza inclinada no momento da leitura, alterando o valor da observação. Além disso, um erro muito comum é o erro de catenária que se trata do erro oriundo da curvatura ou barriga da trena ou outro instrumento semelhante.
Conselhos para minimização dos erros
Dentre as sugestões para prevenir erros no levantamento e minimizá-los, aconselha-se:
• Conhecer os tipos e possibilidades de erros para, assim, ser capaz de prevê-los e corrigi-los em tempo ou reduzi-los à insignificância;
• Redobrar os cuidados ao se fazer a medida;
• Realizar medidas superabundantes para possibilitar a comparação entre elas;
• Realizar medições em posição direta e inversa da luneta e, em nivelamentos, realizar as leituras da ré e da vante à mesma distância.
É muito importante ficar atento aos detalhes e à forma como se executa o levantamento topográfico para realizar e entregar serviços mais precisos e acurados. Essa precisão aumenta (e muito) a qualidade do trabalho final e a credibilidade do profissional e da empresa.
Se quiser dominar o uso de uma Estação Total, confira 10 dicas práticas para utilizar uma Estação Total.
Aulas práticas de Levantamento Topográfico
Como você pode perceber, é essencial que o profissional que quer empreender no setor saiba utilizar as técnicas e ferramentas de forma segura.
Para isso, o Instituto GEOeduc tem um novo curso de Topografia Básica, que apresenta, de forma simples e didática, toda a teoria dos erros, conceitos de precisão e acurácia e aulas práticas utilizando uma estação total. Além disso, o curso mostra os principais conceitos, técnicas e aplicações da Topografia em diversas áreas do conhecimento, com um capítulo especial voltado para a apresentação das novidades do setor, como o laser scanner, os drones e os vants, bem como os principais conceitos de Topografia de Minas e Industrial.
Luís Antônio Soares e Sousa* – Engenheiro Cartógrafo e Agrimensor. Mestrando no programa de Ciências Geodésicas da Universidade Federal do Paraná, graduado em Engenharia Cartográfica e de Agrimensura na Universidade Federal de Uberlândia e ex-bolsista nos programas Jovens Talentos para Ciências CAPES/CNPq, PIVIC e PIBIC/CNPq. Além disso, atuou como membro na EJEAC Consultoria, no qual desempenhou a função de Diretor Administrativo-Financeiro e Diretor Presidente. Participou do programa de mobilidade acadêmica Internacional BRAFITEC no período de 2015-2016 no Institut National des Sciences Apliquées em Strasbourg, França.
Com informações do GEOeduc
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Os inscritos poderão acompanhar ao vivo ou assistir depois o replay, terão acesso aos materiais apresentados e poderão participar em um grupo fechado de networking.
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Este evento online com vagas limitadas tem o objetivo de oferecer uma oportunidade para quem não conseguiu acompanhar alguns dos principais conteúdos do evento DroneShow 2018 e também para quem foi ao evento mas não conseguiu assistir todas as atividades.