Ministério da Educação homologa mudanças na estrutura do ensino das engenharias no país, que tornarão a formação mais moderna e conectada com a Indústria 4.0
A mudança na base curricular dos cursos de engenharia tornará o ensino mais moderno no país e alinhado às exigências da digitalização, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Engenharia foram homologadas na última seguinda-feira (22/4) pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e publicadas na terça-feira.
O texto aprovado contempla grande parte das sugestões encaminhadas pela CNI e pela a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge). As novas DCN entram em vigor imediatamente. Os cursos de engenharia já existentes têm o prazo de três anos para sua implementação das novas normas.
As propostas da indústria foram elaboradas no contexto da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo coordenado pela CNI que reúne CEOs e líderes de mais de 300 empresas.
Desde a criação em 2008, a modernização das engenharias é uma das prioridades do movimento. “Precisamos formar engenheiros com habilidades e capacidades mais convergentes com as transformações digitais”, afirma a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. Para ela, profissionais mais qualificados são imprescindíveis para acompanhar a inevitável evolução do setor industrial com a chegada da Indústria 4.0.
Na avaliação da CNI, as novas diretrizes avançam em direção a um ensino mais moderno e conectado com as transformações que tecnologias, como a inteligência artificial e a internet das coisas, vêm promovendo na realidade industrial. O objetivo é que o Brasil forme engenheiros preparados para desenvolver produtos mais competitivos nos mercados nacional e internacional.
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Entre as propostas aprovadas pelo CNE está a formação por competências, com foco no desenvolvimento do aluno e na educação mais prática e próxima do ambiente profissional, por meio do ensino baseado em projetos e da adoção de tecnologias digitais em sala de aula.
As novas diretrizes estimulam a interação entre centros de ensino e organizações externas que extrapolem o estágio, com o desenvolvimento de atividades e projetos de interesse comum.
O texto também contempla um tópico que estabelece o detalhamento do projeto pedagógico pelas instituições de ensino, listando as ações previstas para o alcance das competências.
Do lado do aluno, as diretrizes definem a criação de programas de acolhimento que deem suporte a estudantes que, eventualmente, estejam em defasagem pedagógica. O objetivo é diminuir a evasão, que é próxima de 50% no Brasil. Já do lado do professor, foi aceita a sugestão de valorização do trabalho docente e de atividades de capacitação.
O Grupo de Trabalho das Engenharias foi criado pela MEI em 2016, sob a coordenação do vice-presidente de Tecnologia da Embraer, Mauro Kern. O GT conta com a participação de representantes das empresas Festo, Dassault, Akaer, Vale, Braskem, Arcelor Mital, das instituições de ensino Insper, FEI, INATEL, Senai-Cimatec, USP, ITA, UFRJ, UFMG, FIAP, Mackenzie, Unisinos, dos Institutos Euvaldo Lodi (IEL) e de Engenharia, do CREA-SP, da Embrapii, da ABEPRO, e das autoridades de governo, CNE e Secretaria de Educação Superior, que participam da MEI.
Os próximos passos da agenda do GT são o aprimoramento do sistema de avaliação dos cursos de Engenharia, a apuração e divulgação de iniciativas inovadoras de instituições de ensino que priorizem, por exemplo, o desenvolvimento de projetos a partir de demandas empresariais e a elaboração de propopostas para estimular a formação de jovens nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Geo e Drones na Indústria 4.0
Você já pode marcar na sua agenda: de 25 a 27 de junho acontecem em São Paulo (SP) os eventos MundoGEO Connect e DroneShow 2019, os maiores da América Latina e entre os cinco maiores do mundo no setor. Alinhados às tendências globais e com foco na realidade regional, o tema geral dos eventos este ano será “Geotecnologia e Drones na Indústria 4.0”, com previsão de 4 mil participantes, 30 atividades e mais de 230 horas de conteúdo.
Os conteúdos dos cursos, palestras e debates foram formatados por um time de curadores para atender as demandas de empresas, profissionais e usuários principalmente nos setores de Agricultura, Cidades Inteligentes, Governança Digital, Infraestrutura, Meio Ambiente, Recursos Naturais, Segurança e Defesa.
Dentre as tecnologias disruptivas que estarão em destaque, estão Big Data, Inteligência Artificial / Machine Learning, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, BIM, Tecnologia Autônoma, entre outras, tudo isso cada vez mais integrado às Geotecnologias (Mapeamento, Cadastro, Imagens de Satélites, Inteligência Geográfica, GIS).
Perfil dos expositores da feira: prestadores de serviços de aerolevantamentos, mapeamento e cadastro; desenvolvedores de sistemas de análise espacial; provedores de imagens de satélites; fabricantes e importadores de drones; fabricantes de sensores e tecnologias embarcada; distribuidores de softwares, plataformas de processamento e análise de dados; agências reguladoras e órgão governamentais; empresas de consultoria e treinamento; distribuidores de equipamentos de geomática; empresas de mapeamento móvel, entre outras.
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