Proposta vencedora é inédita ao propor fórmula algorítmica a partir dos índices construtivos para o principal mapa digital da cidade. Maratona recebeu 17 propostas, 3 projetos foram finalistas
Na última quinta-feira (27/6), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, anunciou o projeto vencedor da Hackatona GeoSampa 2019.
O vencedor do prêmio foi Fernando Gomes, aluno formado pela Belas Artes, que apresentou a proposta inovadora a partir das formas e características das edificações da cidade.
A Hackatona Geosampa 2019 teve apoio da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, MundoGEO Connect 2019 e contou com a parceria da ABES – Associacao Brasileira de Softwares e Fundação Vanzolini para a premiação dos finalistas.
Durante o período de elaboração dos projetos, entre 27 de março e 13 de maio, os participantes receberam mentorias via webconferências. Finalizados, os projetos foram encaminhados em 13 de maio à comissão julgadora, composta por profissionais de reconhecida atuação em dados geoespaciais, gestão urbana e tecnologia.
As propostas foram avaliadas em cinco quesitos: interesse público, usabilidade, criatividade, sustentabilidade e qualidade técnica. No primeiro critério foi analisada a contribuição da solução desenvolvida para melhoria da prestação de serviço público; em usabilidade, a facilidade e até mesmo a possibilidade da população contribuir com o serviço; em criatividade, se o projeto apresentou solução inovadora; em sustentabilidade, o potencial de continuidade do projeto, e por fim na qualidade técnica, o nível de conhecimento e embasamento técnico utilizado para desenvolvimento da solução.
Ao todo foram recebidos 17 projetos com ideias para soluções tecnológicas a partir dos dados do GeoSampa. A partir dos critérios, foram selecionados 3 projetos finalistas que foram apresentados nesta quinta-feira, 27.
São eles:
O segundo lugar foi para Thomas Len Yuba, com o projeto “Modelo de distribuição de arquivos estáticos do GeoSampa”. A proposta foca no usuário frequente dos dados do GeoSampa, aqueles que querem ficar conectados ao mapa para garantir que suas informações estejam atualizadas com a fonte original. O finalista desenvolveu uma programação para garantir esse fluxo de informação de forma rápida e dinâmica.
O terceiro lugar cujo projeto intitulado foi “ Rios DesCobertos – O resgate das águas da cidade”, apresentado pela equipe do Estúdio Laborg, apresentou alguns dos dados do Geosampa de uma forma didática, dinâmica e lúdica, com o uso de maquetes e animações.
O projeto vencedor “Descobrindo e mapeando a diversidade tipomórfica em São Paulo” apresentou a proposta considerada mais inovadora ao pensar no planejamento urbano a partir das construções existentes na cidade. O vencedor, Fernando Gomes, 42, formado em Análise de Sistemas e recém formado em Arquitetura e Urbanismo pela Bela Artes, acompanha a plataforma do GeoSampa desde a sua criação, em 2014. Segundo ele, “A Cidade é parcelada por lotes que são edificados de maneiras distintas e de forma espontânea ao passar do tempo. O projeto propõe um modelo matemático que a partir dos dados obtidos no Geosampa, calcula diversas dimensões, agrupa os edifícios por suas similaridades e devolve um diagrama, chamado de dendograma, que simplifica toda essa complexidade. Isso possibilitará que o Munícipio estude o comportamento da cidade de uma forma inovadora, qualificando assim ações de planejamento urbano. A ideia é trabalhar a partir de milhares de construções de edifícios na cidade por meio de uma aplicação computacional de inteligência de dados, usando a forma das edificações já existentes e dessa maneira, gerando informação de agrupamentos que não podem ser vistos em mapas comuns. A intenção é facilitar o planejamento urbano, aliando a ciência dos dados ao urbanismo.”
O objetivo dessa Hackatona Geosampa foi incentivar ideias com soluções, aplicações ou inovações para otimizar o desempenho, facilitar a vida dos munícipes, proporcionando a melhoria dos serviços prestados, além de ampliar o uso do Geosampa.
A maratona contou com o apoio da ABES – Assoociação Brasileira das Empresas de Software e Fundação Vanzolini. Pela empresa ABES foi ofertado: 1 (um) equipamento eletrônico (notebook, desktop, smartphone) no valor mínimo unitário de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e pela Fundação Vanzolini três bolsas de estudos de 100% de desconto sobre o valor integral do curso livre voltado à educação executiva, com valor estimado de R$ 6.841,00 (seis mil e oitocentos e quarenta e um reais). Além da premiação, a Fundação ofereceu descontos a todos os participantes em cursos voltados para a área de tecnologia.
Foto: LEX Studio