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Replay disponível do webinar AEB Missão Centenário sobre microgravidade

Com mais de 300 participantes, o webinar contou com a presença especial de pesquisadores que apresentaram os resultados de três experimentos

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A Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com a MundoGEO, realizou um webinar com inscrição gratuita no último dia 29 de março com o tema Missão Centenário – Conheça os resultados dos experimentos brasileiros em ambiente de microgravidade.

Com mais de 300 participantes, o webinar contou com a presença especial de pesquisadores que apresentaram os resultados de três experimentos.

Assista o replay na íntegra:

A Missão Centenário recebeu este nome em referência à comemoração do centenário do primeiro voo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis, de Santos Dumont, em Paris, em 23 de outubro de 1906. A Missão foi fruto de um acordo firmado entre a AEB e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos). Com o acordo firmado entre os dois países, Brasil e Rússia, o astronauta Marcos Pontes passou por treinamento na Cidade das Estrelas, complexo de formação e preparação de cosmonautas situado a cerca de 50 quilômetros de Moscou.

Os cosmonautas da tripulação Soyuz TMA-8, formada pelo comandante russo Pavel Vinogradov, o astronauta americano Jeffrey Williams e o primeiro cosmonauta brasileiro, o tenente-coronel Marcos Pontes, decolaram do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em 29 de março de 2006, às 23h30min (horário de Brasília), tendo como destino a Estação Espacial, onde acoplou no dia 1º de abril. Lá eles realizaram diversos experimentos científicos. Pontes levou oito experimentos que foram estudados em ambiente de microgravidade, seis deles de instituições brasileiras de pesquisa e dois de escolas de ensino médio, de São José dos Campos (SP).

A Missão também serviu para mostrar à comunidade científica brasileira a possibilidade e a efetividade de realizar determinados experimentos em ambiente de microgravidade e a capacidade técnica brasileira de prepará-los em curto tempo seguindo as estritas exigências de segurança para embarque em voo espacial tripulado. Ao todo, Marcos Pontes levou e executou oito experimentos, selecionados por meio do Programa Microgravidade, da Agência Espacial Brasileira.

Experimentos

Com moderação de Emerson Granemann, CEO e fundador da MundoGEO, o webinar de 29 de março teve a participação especial de pesquisadores que apresentaram os resultados de três experimentos:

Tubos de Calor

O objetivo do projeto foi testar em ambiente de microgravidade o comportamento térmico permanente de um mini tubo de calor, projetado e construído para este fim. Mais especificamente, procurou-se avaliar o comportamento de um novo tipo de estrutura capilar em condições de microgravidade desenvolvida pelo Núcleo de Controle de Satélites na Universidade Federal de Santa Catarina. Muito embora os resultados de laboratório sejam favoráveis, testar o dispositivo em ambiente de microgravidade é essencial uma vez que os fenômenos físicos que ocorrem dentro dos tubos, tais como ebulição, escoamento bifásico e condensação são muito afetados pela gravidade.

Dra. Marcia B. H. Mantelli (Professora UFSC). Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1D – CA EM. Professora Titular da Universidade Federal de Santa Catarina , Brasil. Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (1982), mestrado em Engenharia e Tecnologia Espaciais pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1985) e doutorado em Engenharia Mecânica – University of Waterloo (1995). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase em Engenharia Térmica, atuando principalmente nos seguintes temas: controle térmico de satélites, juntas aparafusadas, termossifões e tubos de calor. É membro titular da Academia Nacional de Engenharia.

Mecanismo de Reparo Celular

Este estudo objetivou contribuir quanto ao entendimento de como os mecanismos de reparação de DNA atuam em condições de microgravidade. Foi objeto de estudo deste projeto a verificação se há ou não diferenças na reparação da molécula de DNA entre uma condição terrestre contra as observações fora da gravidade terrestre. Para tal, células selvagens e deficientes em diferentes mecanismos de reparação de DNA de Escherichia coli, em fase exponencial de crescimento, foram irradiadas com doses de UV-A em ambiente de microgravidade, paralelamente a exposição à radiação cósmica. 

Dr. Heitor Evangelista (Professor UERJ). Doutorado em Biologia (Biociências Nucleares) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil (1998). Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Tem formação e atuação multidisciplinar em Geociências. Atuou como membro do Painel Brasileiro para Mudanças Climáticas e Comitê de Pesquisa Antártica (CONAPA). Atualmente é perito da AIEA (Agencia Internacional de Energia Atômica) e FAO para Mudanças Climáticas Globais. Foi Coordenador do Programa PAGES – Climate of the Past para a América do Sul. Bacharel em Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1986), mestre em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1990) e doutor em Ciências (Biociências Nucleares) pela Uerj (1998). É Professor do Departamento de Biofísica e Biometria da Uerj. Credenciado em 3 programas de pós-graduação: Programa de Pós Graduação em Geoquímica/UFF (nível 6 – CAPES), Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução/PPGEE/Uerj (nível 6 – CAPES) e Programa de Pós Graduação em Geociências – PPGABFM//Uerj (Nível 4). É pesquisador do CNPq e PROCIENTISTA do Programa Uerj-FAPERJ. Atua no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT Criosfera). Tem experiência na área de Paleoclimatologia, com ênfase em Geocronologia recente, ciências atmosféricas e Mudanças Globais do Clima no Quaternário. Web of Science ResearcherID C-7561-2013.

Nuvens de Interação Proteica

O objetivo do experimento NIP – Nuvens de Interação Protéica é o estudo de imagens de bioluminescência ou quimioluminescência geradas pela interação de nuvens de gotículas de fluidos atomizados no interior de uma câmara de reação em ambiente de microgravidade.

As reações de luminescência foram obtidas pela interação de nuvens de fluidos atomizados simultaneamente por atomizadores colocados em lados opostos da câmara de reação.

Dr. Aristides Pavani Filho (Pesquisador IGEO/UFBA). Pesquisador colaborador do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer , Brasil. Mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil(1990). Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (1982) e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (1990). Foi Chefe de Divisão de Micro Sistemas, Coordenador do CSS, Coordenador do CTI-NE, Coordenador da COARE e Assessor do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Foi Diretor do Departamento de Tecnologias Estratégicas e de Produção – DETEP da Secretaria de Tecnologias Aplicadas – SETAP do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Micro e Nanotecnologias, Materiais Avançados, Sensores, Robótica e aplicações ambientais. Experiência na proposição e coordenação de projetos e na elaboração e gestão de políticas públicas na área de ciência e tecnologia. É Acadêmico da Academia Cearense de Matemática.

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