A adoção de novas tecnologias em qualquer segmento envolve esforços relacionados à mudança de cultura operacional, processos, métodos e capacitação profissional. Tratando-se de manutenção predial, a inovação pode ser um grande diferencial nas atividades de inspeção, permitindo a redução de custos e tempo com a locação e instalação de equipamento como andaimes, assim como a redução de exposição de trabalhadores em áreas de risco.
As inspeções visuais e termográficas de fachadas e coberturas das edificações, quando realizadas por aeronaves remotamente pilotadas, comumente denominadas drones, além de oferecer os benefícios citados anteriormente, também auxiliam na rápida elaboração de um mapa com a localização, identificação e codificação das manifestações patológicas existentes. Com esse documento, é possível determinar os locais críticos para priorizar uma inspeção tradicional e manutenção corretiva imediata. A possibilidade de elaborar relatórios detalhados com imagens em alta resolução, vídeos e termografia também gera um valioso acervo para o contratante.
Termografia embarcada em drones
Nos últimos anos, os sensores embarcados nos drones se adaptaram às necessidades da indústria e prestação de serviços. Hoje podemos encontrar com facilidade câmeras termográficas que nos permitem identificar manifestações patológicas nas edificações e coberturas. O processo consiste basicamente em transformar a radiação vermelha emitida pelos objetos em uma imagem térmica. Este ensaio não destrutivo permite registrar em tempo real, em locais de difícil acesso e a grandes distâncias, variações de temperaturas que indiquem presença de umidade e até o início de descolamento e desplacamento de revestimento, devido a diferença de temperatura ocasionada pelos bolsões de ar (vazios) entre revestimento e base. Sabemos que diferentes materiais possuem diferentes coeficientes de dilatação, portanto, essas variações significativas de temperaturas podem acarretar em problemas mais sérios.
Embora esta tecnologia nos possibilite obter importantes diagnósticos, a falta de conhecimento em sua aplicação pode comprometer a análise dos dados observados, consequentemente, a perda de todo o trabalho de inspeção aérea. Foco adequado, seleção adequada dos parâmetros de emissividade e temperatura refletida, compreensão de termografia ativa e passiva, são itens importantes que devem ser considerados.
A inspeção aérea visual e termográfica de fachadas e cobertura, assim como qualquer outro método de registro de imagem de manifestações patológicas existentes nas edificações, é complementar aos demais ensaios destrutivos e não-destrutivos. A depender do tipo de manifestação patológica identificada nas imagens e sua severidade, recomendamos em nossos laudos técnicos a imediata execução ensaios conclusivos, tais como de percussão e teste de arrancamento, visando uma avaliação detalhada da sua gravidade. Em casos mais graves como identificação de seções de desplacamento de revestimento cerâmico completo, recomendamos o isolamento imediato da área e a manutenção corretiva.
Requisitos de operação
Importante salientar que tratando-se de operações com drones, alguns cuidados devem ser tomados ao contratar este serviço especializado. Em primeiro lugar, é importante que a empresa prestadora de serviço (operadora) cumpra todas as exigências legais para o desempenho da atividade, haja vista que, em uma eventual fiscalização, incidente ou acidente com a aeronave, o contratante pode ser considerado corresponsável nas esferas administrativa, civil e criminal. Em suma, além de estar inscrita no CREA e possuir um responsável técnico para emitir as ARTs e elaborar os laudos, a operadora deve possuir aeronave homologada pela ANATEL, deter a Certidão de Cadastro de Aeronave Não Tripulada – Uso Não Recreativo válida, estar devidamente cadastrada e apta a informar ou solicitar planos de voos no Sistema de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Também é necessária a contratação de um seguro aeronáutico de responsabilidade civil do explorador ou transportador aéreo – RETA. Este é o documento que assegurará o ressarcimento dos danos causados pela aeronave a pessoas e bens de terceiro no solo. Já em campo, além de todos os documentos mencionados anteriormente, o manual da aeronave e a avaliação de risco operacional dedicada à operação em execução são documentos de porte obrigatório.
A Global Drones
A Global Drones é uma startup com sede em Florianópolis, especializada em inspeção de edificações, usinas solares, prestação de serviços de engenharia civil e aeronáutica, desenvolvimento de aeronaves remotamente pilotadas, além de sistemas de automação e inteligência artificial.
Entre em contato conosco. Será um prazer conhecê-los e apresentar nossas soluções de serviços de engenharia e manutenção predial.
Roberto Ramos – Diretor de Operações. Piloto Comercial de Helicóptero e Instrutor de Voo. Pós-graduando em Vants e Drones: Legislação, Planejamento e Aplicações. Especialista em Gestão em Recursos Humanos. Técnico em Edificações e eterno aprendiz de engenharia diagnóstica.
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