Robert H. Goddard (1882-1945), reconhecido como o pai dos foguetes americanos, já havia registrado suas duas primeiras patentes, descrevendo um foguete de múltiplos estágios e um foguete alimentado por propelentes sólidos ou líquidos.
Goddard começou a fazer experiências com motores de foguete movidos a combustível líquido em setembro de 1921 (gasolina como combustível e oxigênio líquido como oxidante) testando o primeiro com sucesso alguns anos depois.
Em 16 de março de 1926, Goddard montou seu foguete em uma fazenda em Auburn, Massachusetts. Goddard projetou o foguete com o motor em cima e os tanques de combustível e oxidante embaixo, uma configuração incomum para os padrões modernos. O modelo não usual buscava garantir maior estabilidade ao protótipo.
O foguete subiu 41 pés no ar durante seu voo de 2,5 segundos, pousando a 54 metros de distância. Atualmente parece pouco, mas foi o início das atividades de lançamento espaciais.
Depois de mais alguns testes de voo, Goddard introduziu outras melhorias no projeto, tais como: colocar o motor sob os tanques de propelente, como forma de garantir estabilidade e simplificação ao projeto; palhetas moveis para garantir estabilização adicional; e giroscópios para controlar a atitude.
O principal entrave de Goddard foi a falta de recursos financeiros para o desenvolvimento dos projetos. Apesar de contar com apoio financeiro da família Gugenheim, o progresso ainda assim foi extremamente lento.
*Michele Cristina Silva Melo – Servidora da agencia espacial brasileira, cedida ao Inep no cargo de Diretora de Avaliação da Educação Básica. Membro dos comitês de economia espacial e transporte espacial da International Astronautical Federation (FAA). Professora da disciplina Cadeia Produtiva Aeroespacial (Economia Espacial) do Mestrado Profissional da Economia/UnB (convênio AEB/UnB)
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