A AL Drones e a Santiago & Cintra Geotecnologias asseguraram a Autorização de Projeto da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para os modelos eBee Geo e eBee Ag, ambos fabricados pela empresa suíça SenseFly. Com isso, agora são sete modelos da linha eBee autorizados no Brasil para realizar voos BVLOS (Beyond Visual Line of Sight, em inglês), ou seja, além da linha de visada visual do piloto.
O processo de Autorização de Projeto desses novos modelos durou quatro meses, tempo recorde para esse tipo de aprovação na ANAC. Ao longo do processo, foi comprovado que os drones cumprem com todos os requisitos para voos BVLOS no país, incluindo sistemas de segurança, lógicas de proteção, luzes anticolisão, redundância de sistemas, procedimentos operacionais e de emergência para voos além da visão do piloto remoto.
Os modelos eBee Geo e eBee Ag são especializados no mapeamento de grandes áreas e apresentam elevada eficiência nessas aplicações. Eles já estão operando de forma massiva em diversos países, sendo que o Brasil é destaque de vendas e operação desses equipamentos. No país, a SenseFly é representada pela Santiago & Cintra Geotecnologias, detentora da Autorização ANAC para os drones eBee.
O eBee Geo tem Peso Máximo de Decolagem de 1,3 kg, autonomia de 45 minutos e pode mapear até 160 hectares a uma altura de 120 metros. Ele utiliza a câmera S.O.D.A., modelo referência de câmera fotogramétrica para uso profissional em drones, que captura imagens de alta qualidade em diversas condições de luminosidade, produzindo ortomosaicos vívidos e modelos digitais precisos de superfície e elevação.
Por sua vez, o eBee Ag tem Peso Máximo de Decolagem de 1,6 kg e conta com a opção de autonomia estendida até 55 minutos, o que permite uma cobertura de 200 hectares voando a 120m de altura. Destinado ao mapeamento de lavouras, o modelo lança mão da câmera Duet M, um sensor duplo, combinando uma câmera S.O.D.A. com a Parrot Sequoia+, reconhecida câmera multispectral de precisão e alta qualidade. Ambos os modelos utilizam o software eMotion para planejamento e execução do voo.
“O processo para Autorização BVLOS do eBee Geo e Ag no Brasil foi bastante eficaz. A ANAC foi capaz de avaliar rapidamente as modificações de projeto, e contribuiu bastante para a celeridade do processo”, destaca o cofundador e sócio da AL Drones, Lucas Florêncio.
Com o marco da Autorização ANAC, os modelos SenseFly eBee Geo e eBee Ag poderão a partir de agora obter o Certificado CAER junto à ANAC, para habilitação dos voos BVLOS.
A obtenção do CAER é mandatória para o voo além do alcance visual do piloto.
Profissionalização do setor de drones passa pela Autorização de Projeto
O eBee Geo e o eBee Ag se juntam aos modelos eBee Classic, eBee Classic RTK, eBee Plus, eBee SQ e eBee X, todos com projeto autorizado na ANAC em processos conduzidos pela AL Drones. A primeira Autorização BVLOS no Brasil, inclusive, foi obtida em 2019, para os modelos eBee Classic e eBee Plus.
Isso demonstra a maturidade de projeto dos drones da série eBee, amplamente utilizados no Brasil para mapeamento, e também o alto nível de segurança nas operações além da linha de visada visual do piloto com esses equipamentos. A Autorização de Projeto ANAC é mandatória para drones Classe 3 (Peso Máx. Decolagem de 250 g a 25 kg) que voam BVLOS ou acima de 120 metros, e também para os drones Classe 2 (Peso Máx. Decolagem entre 25 kg e 150 kg).
“A Autorização dos novos modelos SenseFly mostra a importância do voo BVLOS para a escalabilidade e segurança das operações”, ressalta o cofundador e sócio da AL Drones, André Arruda.
Os requisitos de segurança para voo BVLOS trazidos pela ANAC são referência internacional na Autorização de drones, e a procura de fabricantes de drones profissionais tem aumentado, exatamente para garantir a legalização dos equipamentos no Brasil e permitir uma maior adoção em diversos setores produtivos do país.
Os voos BVLOS podem exigir uma adequação dos equipamentos, para cumprimentos com os requisitos de segurança no país. Um exemplo é a instalação de luzes anticolisão desenvolvidas pela AL Drones, garantindo ainda mais segurança nas operações além da linha de visada do piloto.
“Os requisitos ANAC para Autorização BVLOS contribuem com a segurança dos equipamentos, e alguns geram melhorias no próprio projeto dos drones, para operação cada vez mais segura e eficiente”, reforça Arruda.
“O apoio e orientação da engenharia ANAC durante as Autorizações de Projeto são fundamentais para o sucesso das aprovações, permitindo uma contribuição efetiva para a segurança dos equipamentos e sua operação”, ressalta Lucas Florêncio.
Pioneira em Certificação
A AL Drones tem participado ativamente desse movimento de profissionalização do setor de drones no Brasil desde a sua fundação, em 2017, quando a empresa de Engenharia & Consultoria inovou ao trazer conceitos de Certificação Aeronáutica de aeronaves tripuladas para a Autorização de Projeto de aeronaves remotamente pilotadas.
Com a Autorização do eBee Geo e do eBee Ag, a AL Drones já soma oito modelos Autorizados na ANAC, o que faz da empresa a maior certificadora de drones da América Latina. Além disso, é responsável por aprovações disruptivas no Brasil, como a do Speedbird DLV-1 NEO, o primeiro Drone Delivery a receber a Autorização de Projeto da ANAC para voos BVLOS, em caráter comercial.
A AL Drones conta com uma equipe de engenheiros aeronáuticos e pilotos de ensaios em voo, dedicados para conduzir as certificações de aeronaves remotamente pilotadas no Brasil. Todos os profissionais contam com passagem na indústria da Aviação, como EMBRAER, AIRBUS e LATAM Airlines. “Nosso objetivo é trazer os conceitos de certificação e operação segura da Aviação para os drones, permitindo um novo patamar dessa tecnologia no Brasil e no mundo”, conta Arruda. Além do Brasil, a empresa também tem presença na Europa, onde iniciou suas operações este ano para auxílio aos fabricantes com as certificações nas Autoridades Europeias.
A empresa também é responsável pelo processo de Autorização ANAC do DJI Agras T30, drone de pulverização Classe 2 que recebeu o Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) em março de 2022, para o início dos ensaios em voo no contexto da Autorização ANAC.
“A profissionalização das operações com drones é um movimento nítido em vários países, e o Brasil tem liderado o uso e certificação dessa tecnologia, através do intenso trabalho regulamentar desenvolvido pela ANAC e DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) no país”, ressalta Arruda, sobre o desenvolvimento do setor.