O valor da economia espacial chegou a US$ 464 bilhões em 2022, de acordo com a Euroconsult, consultoria especializada nesse mercado. O valor representa um crescimento de 8% em relação ao ano anterior.
O avanço ocorreu apesar do cenário de incertezas com tensões geopolíticas e desafios operacionais que afetaram a cadeia de suprimentos do setor. Além disso, os investimentos nas empresas espaciais sofreram uma redução de aproximadamente 10% na comparação com 2021, um reflexo da agitação do mercado financeiro em todo o mundo.
Mesmo assim, a expectativa para os próximos anos é de que o setor continue crescendo, podendo chegar a US$ 737 bilhões em 2031. Isso porque há uma demanda contínua por produtos e serviços espaciais.
Esse mercado, como já vem acontecendo nos últimos anos, tem sido movimentado principalmente por empresas comerciais. Não por acaso, do total do valor da economia espacial do ano passado, US$ 362 bilhões foram direcionados para operações comerciais, sendo que defesa e governo respondem por US$ 31 bilhões cada um.
Em relação à vertical de mercado, os serviços são os principais geradores dessa economia espacial, respondendo por 78% do total, ou seja, US$ 364 bilhões. Fabricantes (US$ 29 bilhões), operações (US$ 16 bi), serviços de lançamentos (US$ 10 bi) e infraestrutura de solo (US$ 5 bi) vêm na sequência.
Quando o valor da economia espacial é dividida em aplicações, a grande maioria é voltado para os usuários, o que inclui telecomunicações, satélites de navegação e Observação da Terra. Só essas três aplicações representam 83% do valor total.
E como já era esperado, a América do Norte, notadamente os Estados Unidos, movimentam mais valores nesse setor. Em 2022, a região respondeu por US$ 131 bilhões do total. Na sequência aparecem a Europa (US$ 94 bilhões), Oriente Médio e África (US$ 35 bi), América Latina (US$ 34 bi), Rússia (US$ 18 bi) e Oceania (US$ 3 bi).
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