No dia 17 de junho passado, o Satélite de Coleta de Dados SCD-1 superou em tempo de vida útil o Geotail, tornando-se o veículo com aplicação de observação da Terra mais longevo.

Como o satélite continua operando, ele iniciou um novo recorde mundial de vida útil ativa a cada dia subsequente.

GeoTail

O satélite GeoTail foi a primeira missão conjunta entre a Agência Espacial Norte Americana (NASA) e a Agência Japonesa de Exploração Espacial (JAXA) para coleta de dados sobre a estrutura e dinâmica da camada magnética que protege a Terra.

  • Data do lançamento: 24 de julho de 1992, 14:26:00 UTC.
  • Data de desativação: 28 de novembro de 2022.
  • Tempo de vida: 30 anos, 4 meses e 4 dias.

SCD-1

O satélite de coleta de dados ambientais foi concebido com o objetivo de fornecer dados diários, coletados nas diferentes regiões do território nacional.

  • Data do lançamento: 9 de fevereiro de 1993.

O Satélite de Coleta de Dados SCD-1 foi o primeiro satélite projetado, fabricado, testado e operado no Brasil. Os satélites da família SCD fazem parte da Missão de Coleta de Dados que, através de um sistema de coleta de dados ambientais baseado na utilização de satélites e plataformas de coleta de dados (PCDs) distribuídas pelo território nacional.

O Satélite SCD-1 é um satélite de Coleta de Dados e possui as seguintes características técnicas:

  • Forma: prisma de base octogonal
  • Dimensões: 1m de diâmetro, 1,45m altura
  • Massa Total: 115 Kg
  • Potência Elétrica: 110W
  • Estrutura: Paíneis colméias de alumínio
  • Estabilização de atitude: rotação
  • Controle Térmico Passivo
  • Transponder de coleta de dados na faixa UHF/S
  • TT&C na banda S
  • Experimento de células solares
  • Órbita circular de 750Km de altitude, 25 graus de inclinação

A geração de potência é feita a partir de oito painéis laterais retangulares e um octogonal superior composto por células de silício. Uma PCU (Unidade de Condicionamento de Potência) condiciona e direciona a energia gerada para todo o satélite. Uma bateria de níquel-cádmio (com capacidade de 8 AH) acumula energia para operação do SCD-1 durante eclipse. O excesso de geração é dissipado em dois dissipadores (Shunts) localizados no painel inferior. Um conversor DC/DC e uma unidade de distribuição de potência (PDU) terminam a composição do subsistema.

O sistema de supervisão de bordo, com programação carregável a partir do solo, é constituído por dois computadores, a UPC (unidade de processamento central) e a UPD/C (unidade de processamento distribuído). O sistema permite a utilização de comandos temporizados e o armazenamento de todas as telemetrias de bordo para transmissão durante a visibilidade das estações terrenas.

Com informações e imagens da Coordenação-Geral de Engenharia, Tecnologia e Ciência Espaciais – CGCE do INPE

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