O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram contratos com dos consórcios de empresas brasileiras com projetos voltados para o setor espacial. No total, as subvenções chegam a R$ 370 milhões e são provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Um dos consórcios contemplados, formado pelas empresas CENIC, Concert Technologies, PlasmaHub, ETSYS e Delsis, assinou um contrato de R$ 189 milhões com prazo estimado de 36 meses para o desenvolvimento de veículos lançadores.
Ralph Correa, sócio-diretor da CENIC, enfatizou que essa oportunidade única permitirá à iniciativa privada e à indústria aeroespacial agregar valor ao Programa Espacial Brasileiro. A autonomia no lançamento de satélites é vital para avanços em setores como saúde, indústria, energia e agricultura, proporcionando impactos positivos na economia brasileira.
Outro destaque da solenidade foi o anúncio de um investimento não reembolsável de R$ 185 milhões para um consórcio liderado pela Akaer. Este projeto visa a criação de um veículo lançador de pequeno porte, capitaneado pela iniciativa privada. O veículo, baseado no foguete Montenegro MKI, será desenvolvido em cooperação com empresas como Acrux Aerospace, Breng e Emsisti.
Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento tecnológico, o projeto envolverá a participação de universidades e instituições de pesquisa nacionais. Estima-se que 90% do veículo será fabricado no Maranhão, contribuindo para a formação de um novo polo tecnológico na região e fortalecendo o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
“Liderar um projeto de tamanha importância para o futuro do país é uma grande honra para a Akaer, que tem a inovação em seu DNA”, disse o CEO da empresa, Cesar Silva.
A Finep viabilizará o desenvolvimento desses veículos lançadores, que serão acompanhados tecnicamente pela Agência Espacial Brasileira.
O diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi, destacou a importância deste marco no Programa Espacial Brasileiro: “Iremos promover a autonomia do país, principalmente na tecnologia e acesso ao espaço, permitindo que no futuro o Brasil integre o seleto grupo de nações que tem acesso ao espaço, e também, obviamente é um fortalecimento da nossa indústria nacional para o desenvolvimento dos sistemas espaciais de que a nação tanto necessita.”
Leonardi também compartilhou sua visão para o futuro. “Daqui dez anos eu quero que o Brasil seja detentor da tecnologia de veículos lançadores, e que de forma regular e contínua, nós lancemos do território nacional, com um veículo lançador nacional, os nossos próprios satélites.” Essa aspiração reflete o comprometimento em posicionar o Brasil como líder no desenvolvimento e lançamento de satélites, consolidando sua presença no cenário internacional do espaço.
Com informações do MCTI e da AEB
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