A Agência Espacial Brasileira (AEB) participou do 1° Fórum de Cooperação Espacial China-América Latina e Caribe, realizado em Wuhan, China, no fim de abril. O objetivo do encontro foi debater e apresentar as novas tecnologias do setor e as cooperações em andamento.
Na oportunidade, o Fórum emitiu a “Declaração de Wuhan” para promover a indústria aeroespacial e ajudar a construir uma comunidade China-América Latina com tecnologias compartilhadas. O aprofundamento da cooperação aeroespacial entre a China e a América Latina, segundo a AEB, beneficiará ambos os lados.
O presidente da AEB, Marco Antônio Chamon, afirmou que a Terra enfrenta vários desafios, como as mudanças climáticas e a poluição marinha por plástico, e nenhum país pode lidar com esses problemas sozinho. A tecnologia, os dados e os serviços espaciais podem ajudar a resolver estes problemas. “Esta é uma boa oportunidade para os países da América Latina e do Caribe fortalecerem a cooperação com a China e explorarem conjuntamente o desenvolvimento e a aplicação da tecnologia aeroespacial”, disse.
O Brasil e a China cooperam no espaço há mais de 30 anos. Em 1988, foi assinado um acordo de cooperação para desenvolver conjuntamente satélites de recursos terrestres, o Programa CBERS. Em 1999, o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres – CBERS 1 foi lançado com sucesso, tornando-se o primeiro satélite da cooperação. Os dados do Programa CBERS não só são amplamente aplicados nos campos da agricultura, conservação da água, monitoramento ambiental, mas também fornecem serviços de sensoriamento remoto para países em desenvolvimento na América Latina, África, Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e outras regiões.
Recentemente, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Presidente da China, Xi Jinping, assinaram acordo que prevê o lançamento do sexto satélite da parceria entre os países. Produzido em conjunto por pesquisadores do Brasil e da China, o Cbers-6 é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), integrante do Sistema Nacional de Atividades Espaciais (SINDAE), que é coordenado pela Agência Espacial Brasileira. A previsão é que seja lançado em 2028, de uma base de lançamento chinesa.
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