A combinação de sistemas meteorológicos em diferentes escalas por sucessivos dias, entre outros fatores, provocou o evento extremo no Rio Grande do Sul entre o final de abril e começo de maio.
A Divisão de Previsão de Tempo e Clima da Coordenação-Geral de Ciências da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) publicou recentemente um relatório técnico para esclarecer o evento meteorológico que provocou a tragédia.
A instabilidade atmosférica com chuvas constantes e intensas resultou em acentuada elevação do nível dos rios, especialmente da Bacia Hidrográfica do Guaíba.
Segundo os meteorologistas, a atuação do El Niño contribui para a intensificação do fluxo baroclínico na troposfera média e, geralmente, favorece episódios de precipitações acima da média no Sul do Brasil.
Além disso, o Oceano Atlântico Tropical também estava mais aquecido em relação a sua média climatológica, o que elevou o conteúdo de umidade disponível.
Os maiores volumes de chuva ocorreram entre os dias 30 de abril e 2 de maio. O excepcional volume de chuva em curto período de tempo resultou na elevação abrupta dos rios, como o Guaíba, que registrou os maiores níveis da história.
Com informações e imagens do INPE
Imagem de capa: Planet
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