Encerrada a fase de testes, o Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/Fapesp) lança para o público em geral hoje, 12 de agosto, a Plataforma de Mapeamento Interativo (MAPi), que permite o mapeamento de elementos do espaço urbano por meio de dados textuais, fotos e vídeos, além de visualização de dados espaciais sobre diversos temas por meio de mapas temáticos. Trata-se de uma plataforma web gratuita e aberta, que pode ser acessada diretamente pelo navegador da internet, sem necessidade de cadastro ou instalação de software, pelo endereço https://mapi.centrodametropole.fflch.usp.br/.
“O MAPi pode ser usado como instrumento de apoio didático por professores e alunos, visando o apoio ao planejamento territorial”,
afirma Mariana Giannotti, coordenadora da Equipe de Transferência e Difusão e pesquisadora do CEM.
O aplicativo foi desenvolvido pelo pesquisador Kaue Oliveira Almeida, integrante da Equipe.
“Depois de uma fase final de testes, estamos abrindo o acesso ao aplicativo para o público em geral, mas sabemos que melhorias poderão ser feitas a partir da experiência do usuário”, diz ele. “Por isso, estamos convidando professores para testá-lo em atividades didáticas com suas turmas ao longo do segundo semestre de 2024”,
prossegue.
Os professores que participarem do teste poderão ter acesso antecipado à área de mapeamento colaborativo e o contato periódico com a equipe do MAPi para compreensão do uso das ferramentas como apoio para atividades didáticas de mapeamento e análise de dados geoespaciais. Professores e professoras de todas as áreas do conhecimento podem se inscrever pelo formulário disponível aqui ou no canto direito do alto da página do MAPi, em “Mapeamento Colaborativo”. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail suporte.cem@usp.br.
O que é possível fazer com o MAPi
Trata-se de uma ferramenta para mapeamento interativo, um tipo de cartografia em que os usuários podem alterar aspectos da representação do mapa, desenvolvida para estimular usuários a produzirem seus próprios mapas. O MAPi permite gerar mapas temáticos, como o coroplético (que representa dados estatísticos de um território a partir de diferentes cores ou sombreamentos), e fazer sobreposição de camadas, como, por exemplo, escola e transporte, o que poderia auxiliar no entendimento sobre o acesso à educação por parte de quem depende do sistema público de transporte.
O aplicativo é integrado com a plataforma Mapillary, o que permite a visualização de fotos geolocalizadas capturadas pelos próprios usuários. Assim, além do mapa, em si, eles têm as fotos dos locais mapeados, permitindo a visualização atualizada dos lugares no plano da rua.
Os recursos de mapeamento colaborativo permitem que os usuários façam projetos de mapeamento do entorno de suas casas, escolas e bairros, por exemplo. Situação do pavimento das vias, da iluminação pública, das calçadas, dos córregos e rios, da limpeza pública, a quantificação e localização de serviços públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde e delegacias existentes no bairro, são elementos do espaço urbano que podem ser agregados aos mapas pelos estudantes, de acordo com as atividades propostas pelos professores.
Essas informações são sistematizadas e podem ser visualizadas e analisadas por meio do MAPi para reflexão coletiva entre a turma ou com outras turmas, podendo-se incrementar a visualização com outros dados de fontes oficiais ou ainda de outras turmas para discussão de seus efeitos sociais.
O MAPi foi apresentado por Almeida para profissionais da área da Educação e de outros segmentos, no dia 18 de julho deste ano, em uma oficina que integrou a programação do 24º Encontro USP Escola. Na ocasião, foram apresentadas as funcionalidades aos participantes, que puderam apresentar suas ideias e demandas para uso da plataforma em sala de aula.
Com informações e imagens do CEM
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