Em meio ao espírito do Star Wars Day, celebrado em 4 de maio (“May the 4th be with you”), o Brasil mostra que a paixão pelo espaço vai muito além das telonas. Jovens engenheiros brasileiros estão ajudando a transformar ficção em realidade, construindo um foguete de verdade: o Microlançador Brasileiro (MLBR).
O MLBR é um projeto nacional, desenvolvido por empresas brasileiras de alta tecnologia. Com 12 metros de altura, 1,1 metro de diâmetro, massa de decolagem de 12 toneladas e capacidade de colocar aproximadamente 30 kg em órbita baixa, o microlançador representa um passo estratégico para a autonomia do Brasil no acesso ao espaço.
Muitos dos engenheiros envolvidos no projeto cresceram inspirados por filmes, séries e livros de ficção científica. Agora, aplicam na prática o conhecimento em engenharia aeroespacial, mecânica, elétrica e de software para criar tecnologias de ponta. Além disso, materiais avançados usados na construção do MLBR, como as fibras de carbono, têm potencial para revolucionar outros setores da economia, como transporte, saúde e energia.
“O setor espacial sempre teve esse poder de inspirar sonhos. Ver jovens brasileiros participando de projetos como o MLBR mostra que estamos transformando essa inspiração em inovação real e estratégica para o país”,
afirma Ralph Correia, diretor da Cenic Engenharia, empresa líder do projeto.
O MLBR também simboliza a integração entre gerações. Jovens profissionais trabalham lado a lado com engenheiros veteranos, garantindo a transferência de conhecimento e fortalecendo a base tecnológica nacional. É desenvolvido por meio de um arranjo produtivo nacional, que integra empresas brasileiras de alta tecnologia, como: Cenic Engenharia, ETSYS, Concert Space, Delsis e Plasmahub, além de parceiras estratégicas como Bizu Space, Fibraforte, Almeida’s e Horuseye Tech. A iniciativa conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Assim como em “Star Wars”, onde diferentes gerações de jedis compartilham conhecimento e missão, o projeto brasileiro mostra que a jornada para o espaço é feita de colaboração, inovação e, claro, muita paixão.
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