Equipamentos que veem, compreendem e decidem. O que parece cena de ficção científica já é realidade em diversos setores estratégicos, graças ao avanço do processamento de imagens, uma tecnologia que permite que máquinas interpretem dados visuais com altíssimo grau de precisão e inteligência.
De acordo com Rafael Ogando, CEO da Concert Lab, estamos diante de uma verdadeira mudança de paradigma.
“Não se trata apenas de enxergar, mas de compreender o mundo de forma automatizada e preditiva, potencializando decisões com base em dados visuais”,
afirma o executivo.
No setor de energia, por exemplo, o uso de câmeras de alta resolução embarcadas em drones, torres e satélites, somado a algoritmos de deep learning, tem revolucionado a gestão de vegetação nas redes elétricas. O sistema identifica com antecedência galhos e obstáculos que poderiam comprometer a infraestrutura, prevenindo falhas e reforçando a segurança energética. Além disso, imagens térmicas processadas em tempo real permitem detectar superaquecimentos em transformadores e equipamentos — reduzindo custos operacionais e o risco de acidentes.
O impacto se estende ainda mais. Na agricultura de precisão, drones equipados com sensores e tecnologia NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) mapeiam em tempo real áreas com pragas, falhas nutricionais ou necessidade de irrigação. A tecnologia também vem sendo aplicada na piscicultura, como mostra o projeto da Embrapa que, por meio de imagens de satélite, identifica automaticamente viveiros escavados no Brasil, otimizando o mapeamento da produção aquícola.
Já no campo ambiental e urbano, a visão computacional é aliada na luta contra o desmatamento, no monitoramento de rios e reservatórios, e na previsão de eventos críticos. Nas cidades inteligentes, sensores e câmeras conectados à nuvem permitem monitorar o tráfego, a sinalização e os serviços públicos em tempo real — tornando a gestão urbana mais eficiente e conectada.
O uso também é crescente em áreas como segurança pública (com detecção de comportamentos suspeitos e prevenção de crimes), indústria automotiva e de manufatura (inspeção de qualidade em tempo real) e no setor de óleo e gás (monitoramento de vazamentos e falhas estruturais em ambientes de risco).
Segundo Ogando, a convergência entre processamento de imagens, inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e redes 5G acelera ainda mais essa transformação:
“Estamos entrando em uma era em que a automação inteligente será alimentada pela visão das máquinas, com impactos profundos na produtividade, sustentabilidade e segurança.”
Apesar do potencial, o executivo alerta para a importância de regulamentações claras e governança ética, garantindo privacidade e direitos dos cidadãos em um mundo cada vez mais visual e conectado.
Sobre a Concert
A Concert é um dos maiores grupos de Tecnologia Operacional (TO) do Brasil, com mais de 40 anos de expertise em soluções que envolvem sistemas críticos e de tempo real nos setores de energia e aeroespacial. Fazem parte do grupo as empresas:
- Concert Engenharia: fornecedora de mão de obra especializada para subestações de energia, comissionamento e fiscalização.
- Concert Lab: desenvolvimento de soluções tecnológicas para setores como energia, óleo e gás e indústria automobilística.
- Concert Space: desenvolvimento de tecnologias para a exploração do espaço, como sistemas de navegação e computadores de bordo.
- thingable!: Plataforma de monitoramento remoto de máquinas pesadas por meio de telemetria avançada.
Atualmente, a Concert possui unidades de negócios em Minas Gerais, São Paulo e Maranhão. Entre seus clientes, estão grandes concessionárias e organizações de energia, como Cemig, Light, Energisa, CPFL, Grupo Eletrobras e o próprio Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), além da Agência Espacial Brasileira e Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
Para saber mais sobre as soluções da Concert Lab, acesse: www.concert.com.br