Em regiões remotas, onde a ausência de infraestrutura de comunicação representa um obstáculo para a gestão eficiente de ativos no setor de energia, garantir visibilidade operacional é um desafio constante. Para enfrentar esse cenário, uma solução desenvolvida pela integradora de tecnologia Edge Instruments, especializada em digitalização de campo, e a Myriota, líder global em conectividade IoT via satélite, já está em operação na Argentina, Colômbia, Brasil e Bolívia. 

A aliança, além de solucionar um desafio técnico, também estabeleceu um novo padrão para o monitoramento de operações críticas em regiões remotas, onde redes de comunicação tradicionais não chegam. Com uma arquitetura inteligente, adaptável e escalável, a solução combinou o controlador eletrônico Xpert da Edge com o módulo satelital da Myriota, permitindo que dados essenciais fossem captados e enviados para a nuvem de qualquer localidade, sem necessidade de torres, infraestrutura celular ou fornecimento constante de energia.

Monitoramento preciso em áreas remotas

Em campos de petróleo e gás, a falta de conectividade frequentemente resulta em decisões imprecisas, manutenção reativa e altos custos ambientais. Sem dados, a dosagem de inibidores químicos, essencial para evitar bloqueios, corrosão ou falhas em dutos, era realizada sem embasamento concreto. O mesmo ocorria com tarefas de manutenção, que exigiam deslocamentos de centenas de quilômetros apenas para constatar que o equipamento estava funcionando bem ou que o problema já havia se agravado.

Com a nova plataforma, essa lógica mudou: sensores conectados permitem o ajuste de parâmetros, ativação de alertas, diagnósticos precoces e prevenção de interrupções. O monitoramento é realizado por meio de um painel web, acessível em qualquer dispositivo, e pode ser expandido com o terminal FlexSense, uma solução plug-and-play da Myriota que integra sensores e IoT via satélite para implantação rápida.

A Edge atua na digitalização de campos petrolíferos não apenas na Argentina e no Brasil, mas também na Bolívia, Colômbia e no Kuwait. Na Argentina, mais de 100 poços já são monitorados por tecnologia satelital. No Brasil, a solução está presente em mais de 20 poços localizados entre Natal e Maceió.

Resultados concretos em campo

Os dados do projeto em andamento mostram melhorias operacionais significativas:

  • 50% menos desligamentos não planejados, graças a um modelo de manutenção preditiva;
  • 60% mais poços e equipamentos monitorados por dia, com captação remota de dados;
  • 40% de redução no tempo de resposta a falhas e 32% menos ativos fora de operação;
  • Até 12% de economia em custos de manutenção, com uso mais eficiente de produtos químicos;
  • Redução de visitas desnecessárias ao campo, menor pegada de carbono e maior eficiência logística.

Além disso, o impacto ambiental foi notável: ao reduzir emissões operacionais e consumo de recursos, a solução contribui ativamente para uma extração mais sustentável.

Um ecossistema em evolução para coleta de dados remota

Na América Latina, onde apenas 37% da população rural tem acesso à conectividade (em comparação com 71% nas áreas urbanas), esse tipo de solução é mais do que um avanço técnico: é uma ferramenta essencial para reduzir desigualdades, aumentar a eficiência e permitir o fluxo de dados onde antes havia apenas isolamento.

Para a Edge e a Myriota, o projeto é apenas o começo. A plataforma já funciona como um ecossistema de melhoria contínua, pronto para se adaptar a novas variáveis, incorporar diferentes tipos de sensores e escalar conforme as necessidades de cada operador.  Essa colaboração demonstra que a conectividade via satélite de baixa potência não é apenas viável, mas estratégica para indústrias como a de energia. Por meio de tecnologia confiável, de baixa manutenção e com possibilidade de implementação imediata, pequenas e médias empresas do setor também podem acessar ferramentas que antes pareciam restritas a grandes corporações.

Com informações e imagens da Myriota


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