A partir de 2 de janeiro de 2026, produtores rurais com qualquer registro de desmatamento identificado pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) estarão impedidos de contratar crédito rural.
A restrição está prevista na Resolução nº 5.193 do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada pelo Banco Central do Brasil, e reforça as exigências ambientais para o acesso ao financiamento no campo.
Hoje, mais de 5,4 milhões de áreas em todo o Brasil têm apontamentos ativos no Prodes, sendo os estados do Pará (877 mil), Goiás (666 mil), Minas Gerais (555 mil) e Mato Grosso (234 mil) os mais impactados.
A medida representa um desafio imediato para o agronegócio, que depende do crédito rural como principal fonte de financiamento.
A SpotSat, empresa brasileira especializada em verificação técnica dos dados do Prodes, alerta que muitos desses registros podem ser falsos positivos, quando o algoritmo interpreta incorretamente variações naturais ou intervenções legais como desmatamento.
“Estamos falando de milhões de áreas com apontamentos passíveis de revisão técnica. A partir de 2026, quem não comprovar a legalidade poderá perder acesso ao crédito. O produtor precisa agir com antecedência”,
afirma José Renato da Costa Alberto, fundador da SpotSat e especialista em sensoriamento remoto e monitoramento por satélite.
Para garantir segurança jurídica e viabilidade na contratação de financiamentos, será essencial revisar tecnicamente os apontamentos por meio de imagens georreferenciadas e relatórios certificados.
“É fundamental garantir que produtores que atuam dentro da legalidade não sejam prejudicados por falhas de interpretação nos dados. A decisão do CMN é importante, mas precisa vir acompanhada de segurança técnica. Só assim será justa para todos”,
conclui José Renato.
Com informações da SpotSat
Imagem de capa: Inpe
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