As mudanças climáticas e os eventos extremos têm criado novos desafios para as previsões, principalmente em um país continental como o Brasil, que possui vários microclimas. Este cenário vem exigindo que os modelos meteorológicos sejam constantemente revisitados e analisados, ação esta que a Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e de previsão do tempo do Brasil e da América Latina, vem realizando com a ajuda da Inteligência Artificial a fim de identificar as melhores modelagens para cada região do País.
“O uso de tecnologia e da IA revolucionou a modelagem meteorológica, permitindo previsões de curto e longo prazos mais rápidas, precisas e eficientes a partir da análise de grandes volumes de dados”,
afirma Flávio Horita, Chief Technology Officer (CTO) da Climatempo
Ele conta que a empresa utiliza estas ferramentas para dar suporte a empresas de diversos setores, combinando soluções de aprendizado de máquina, monitoramento climático e métodos tradicionais para obter cada vez mais acuracidade, especialmente para a previsão de eventos extremos.
Este trabalho utiliza dados de modelos meteorológicos que empregam variadas equações matemáticas para gerar previsões, e dados de monitoramento climático, capturados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), de satélites, dos radares da Marinha, do próprio radar da Climatempo no Rio Grande do Sul e de diversas estações meteorológicas, também instaladas pela empresa.
Com o uso da IA, que aprimora a modelagem tradicional e depende de modelos numéricos baseados em equações físicas complexas, esse grande volume de dados é processado; padrões climáticos complexos são reconhecidos e tendências que ajudam a prever condições futuras são identificadas.
Nesta direção, com a ajuda da IA, a Climatempo desenvolveu o CT2W, o seu modelo proprietário de previsão meteorológica avançado, que é capaz de combinar vários modelos meteorológicos de diferentes fontes para fornecer previsões mais detalhadas e precisas.
“A Climatempo utiliza IA há mais de 10 anos para realizar esse processamento de dados, com os algoritmos de visão computacional, além de modelos diferentes de Inteligência Artificial baseados em dados históricos e em dados coletados do monitoramento climático de cada região a ser atendida”,
afirma Horita.
Com os algoritmos de IA, a Climatempo consegue analisar e combinar diferentes dados e variáveis de clima para entender o descolamento de um sistema meteorológico, ou uma massa de ar que pode causar mudanças significativas no tempo de uma determinada região.
Considerando os mais de 10 modelos meteorológicos existentes desenvolvidos por diferentes centros, a IA permite à Climatempo identificar o que melhor se adapta a cada região do Brasil. Isso é feito rodando vários modelos simultaneamente e observando os resultados obtidos. Os algoritmos tentam entender o passado para prever o futuro, mas as mudanças climáticas cada vez mais frequentes exigem revisões frequentes nos algoritmos utilizados.
“Dessa maneira, o modelo Climatempo, conhecido como CT2W, é formado por um conjunto de diferentes modelos, e a IA trabalha para definir qual tem o melhor desempenho para cada região e ocasião”,
explica Gláuber Camponogara, Gerente de Modelagem da Climatempo.
Todas essas ferramentas de aprimoramento de previsões são utilizadas para dar suporte a empresas que precisam de monitoramento meteorológico em tempo real, relatórios detalhados e análises de risco para realizarem o planejamento estratégico, a otimização de recursos e a tomada de decisão mais assertiva. O CT2W, inclusive, é disponibilizado em produtos e serviços da Climatempo, como o Sistema de Monitoramento e Alerta (SMAC).
Nesse sentido, a Climatempo desenvolve projetos para diferentes players do mercado. No segmento de distribuição de energia, por exemplo, atua para prever o crescimento das copas das árvores que podem causar o rompimento de linhas e interrupções no fornecimento de energia. Para empresas de transmissão de energia, fornece uma solução de inteligência de dados meteorológicos com estações meteorológicas, a fim de monitorar as microrregiões das linhas de transmissão e preservar a operação e os ativos.
“Para realizar essas entregas, utilizamos os algoritmos de aprendizagem de máquinas [machine learning] que mesclam modelos e variáveis para identificar as localidades que terão ocorrências de chuvas, ventos, raios e radiação solar”,
explica Camponogara.
Segundo ele, ao empregar a IA, a Climatempo se certifica de que os dados são confiáveis e resilientes, garantindo a proteção da operação. A empresa possui um departamento de tecnologia formado por 45 colaboradores, que têm trabalhado há anos em uma infraestrutura robusta de dados escaláveis para executar modelos meteorológicos e entregar a melhor previsão climática possível.
Com informações da Climatempo
Imagem de capa: Pixabay
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