Os biomas Amazônia e Cerrado registraram queda nos índices de desmatamento em 2025. Os dados foram apresentados em 30 de outubro passado na capital federal, com a presença da Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Segundo o Prodes, sistema que integra o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros (BiomasBR) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa estimada de desmatamento na Amazônia é de 5.796 km², o que representa uma redução de 11,08% em relação a 2024, marcando o menor índice dos últimos onze anos.

Entre os nove estados da Amazônia Legal, oito apresentaram queda no desmatamento, com destaque para Tocantins (-62,5%), Amapá (-48,15%) e Roraima (-37,39%). Apenas o Mato Grosso registrou aumento, de 25,06%.

No Cerrado, a taxa estimada foi de 7.235 km², indicando redução de 11,49% em relação ao ano anterior. O bioma consolida, assim, uma tendência de desaceleração do desmatamento, após anos de crescimento e a reversão iniciada em 2024. Os estados com maior área de vegetação suprimida foram Maranhão (2.006 km²), Tocantins (1.489 km²) e Piauí (1.350 km²).

De acordo com Cláudio Almeida, coordenador do Programa BiomasBR, os resultados positivos, que confirmam a tendência de queda do desmatamento nos últimos anos tanto para a Amazônia como para o Cerrado, são acompanhados por avanços tecnológicos cruciais para o aprimoramento contínuo do monitoramento.

“Vale destacar o avanço da tecnologia. Com o uso de mais informações do Brazil Data Cube, conseguimos uma medição em área ainda maior e com precisão aprimorada. Este ano, na estimativa da taxa de desmatamento, analisamos 95% da área com alertas, cobrindo praticamente toda a extensão no cálculo. Nosso objetivo é evoluir para monitorar 100% de todos os biomas ainda dentro do mesmo ano”,

explicou Cláudio

Esses resultados refletem os efeitos de políticas públicas recentes e dos esforços de fiscalização e conservação, evidenciando uma desaceleração no avanço do desmatamento em ambos os biomas.

A Ministra Luciana Santos (MCTI) celebrou as taxas positivas e enfatizou a importância de políticas públicas baseadas em evidências científicas:

“Estes resultados não são obra do acaso. A excelência do Inpe e o monitoramento de precisão que realizamos são o alicerce que nos permite enxergar a realidade do nosso território e, a partir daí, fornecer subsídios às ações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, nessa parceria que tem sido tão frutífera”,

afirmou.

Também participaram da divulgação da taxa Prodes de 2025-2024 o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, o diretor do Departamento de Clima e Sustentabilidade do MCTI, Osvaldo Moraes, o coordenador e a coordenadora substituta do Programa BiomasBR do Inpe, Silvana Amaral.

Com informações do INPE
Imagem de capa: NASA


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