A temática espacial está em destaque na COP30. Na última quinta-feira (13/11), a Agência Espacial Brasileira (AEB) integrou as atividades da Casa da Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A iniciativa do Ministério reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir soluções concretas diante dos impactos das mudanças climáticas, com a Amazônia como eixo estruturante.

Realizada à margem da COP30 Brasil Amazônia, no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém–PA, a AEB organizou a Sessão Espaço da Casa da Ciência e a abertura foi realizada por meio de uma Palestra Magna, sob o tema “Open Data: The Brazilian Experience”, ministrada pelo Presidente da AEB, Marco Antonio Chamon.

Chamon apresentou a importância do uso de dados abertos espaciais no Programa Espacial Brasileiro, com destaque para os satélites nacionais em órbita e a parceria com a China no âmbito do Programa China-Brazil Earth Resources Satellite (CBERS). Ele ressaltou a forte atuação do Brasil no monitoramento ambiental por satélites, com destaque para programas como o PRODES, referência mundial no acompanhamento do desmatamento da Amazônia.

Desde a década de 70, com o lançamento do satélite LANDSAT-1, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) opera o Centro de Dados de Sensoriamento Remoto (CDSR), que distribui gratuitamente imagens de satélites nacionais e internacionais. Essas plataformas fornecem dados essenciais para o monitoramento ambiental, uso e cobertura da terra e detecção de queimadas, o que impulsiona pesquisas e inovações graças à política de acesso aberto que garante o uso público e gratuito das imagens.

Confira o replay da Live sobre o Programa Espacial Brasileiro:

Na sequência, a mesa redonda, com o tema “Space technology-based solutions: how to integrate international efforts for climate mitigation?”, moderada pela Assessora de Cooperação Internacional, Márcia Alvarenga, discutiu como a cooperação internacional entre agências espaciais pode potencializar o uso de satélites, sensoriamento remoto, sistemas de monitoramento e iniciativas colaborativas para mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

Com a participação de especialistas de agências espaciais, o debate abordou programas e iniciativas já em curso, desafios enfrentados e oportunidades para ampliar a colaboração internacional. Além disso, a mesa redonda incluiu um espaço interativo para perguntas e respostas com o público, ao promover um diálogo enriquecedor sobre o papel do setor espacial na resiliência climática global.

Por fim, a Coordenadora de Estudos Estratégicos e Novos Negócios, Leila Fonseca, moderou a segunda mesa redonda da manhã, sob o tema “Space, Technology and Innovation: Space-Based Solutions for Environmental Monitoring”. O objetivo foi discutir, com a participação de empresas do setor espacial brasileiro, como os dados de satélite e as soluções digitais ajudam a monitorar florestas, carbono, água e mudanças no uso da terra.

“O setor espacial pode contribuir muito para os processos de mitigação dos impactos das mudanças climáticas. A discussão entre agências espaciais na COP30 reforça esse papel da atividade espacial e estimula as parcerias entre os países nessa área. O esforço para conhecer e monitorar as mudanças climáticas passa pela distribuição livre de dados e de meios para utilizá-los, um trabalho no qual o Brasil foi pioneiro. Essa é uma das contribuições da área espacial para orientar as decisões mundiais para as questões climáticas”,

afirma o Presidente da AEB, Marco Antonio Chamon.

Com informações e imagens da AEB e MCTI


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