A revolução tecnológica vem batendo à porta das usinas hidrelétricas: com a implementação das regras de fiscalização pela ANEEL, operadores e centros de pesquisa no Brasil têm incorporado tecnologias para inspeções visuais de barragens e otimização da vida útil dos ativos.

Para o técnico em manutenção mecânica de hidrelétricas, Cleliton de Lima Dalben, o uso de inspeções visuais e termográficas realizadas por drones tornaram-se rotina, especialmente em inspeções externas de estruturas, taludes e vertedouros, onde o acesso é perigoso ou moroso. 

O especialista ainda acrescenta que, empresas brasileiras já oferecem serviços especializados ao combinar fotografia de alta resolução, termografia e processamento geoespacial para detectar trincas, anomalias térmicas e alterações de vegetação que possam indicar vazamentos ou deslocamentos.

“Com o drone conseguimos mapear o flanco da barragem em uma manhã, antes isso demandava dias”,

afirma.

Já no uso de robôs, Lima indica que são destinados a diagnosticar problemas localizados sem a necessidade de desmontagem completa em partes que operam em ambientes hostis. As técnicas incluem desde a inspeção de turbinas e carcaças, sensores capazes de captar microvibrações, até ao desgaste por erosão e corrosão cavitacional. 

Entretanto, a combinação de sensores de IA permite avanço da manutenção reativa para estratégias preditivas e prescritivas, conseguindo detectar padrões espectrais associados a falhas incipientes, sinalizando com antecedência a necessidade de intervenção. 

Apesar dos benefícios dessa implementação, como a redução do risco humano, maior frequência de monitoramento e a identificação precoce de anomalias e planejamento de paradas, o especialista ressalta que ainda existem desafios, como a qualidade e padronização dos sensores, cibersegurança dos sistemas conectados e necessidade de qualificação das equipes para interpretar modelos de IA.

Lima finaliza, ressaltando que a próxima fronteira é a manutenção prescritiva, em que sistemas não só detectam problemas, mas também recomendam ações corretivas.

“A combinação entre agentes autônomos e IA abrem caminhos para intervenções mais rápidas e menos dispendiosas, desde que acompanhadas de governança técnica e segurança cibernética robusta”,

conclui.

Com informações de Cleliton de Lima Dalben
Imagem de capa: DJI

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