Com previsão para o final deste ano, a empresa sul-coreana Innospace lançará, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), importante tecnologia brasileira a bordo do foguete Hanbit-Nano da Operação Spaceward.

Desenvolvido por meio de uma encomenda tecnológica da Agência Espacial Brasileira (AEB), o Sistema de Navegação Inercial/GNSS (SNI) das empresas Concert Space, Cron Sistemas e Horuseye Tech, é o principal equipamento de um sistema de controle para veículos lançadores. No foguete, seguirá como carga útil para verificar seu desempenho em ambiente real.

Integração do Sistema de Navegação Inercial/GNSS (SNI) ao foguete

Essencial para validar a tecnologia, o teste do SNI irá avaliar seu comportamento sob condições extremas típicas de lançamentos e garantir a chamada “herança de voo”, que confere credibilidade e permite a oferta do produto no mercado.

Em 25 de novembro, o Sistema passou com sucesso pela integração ao sistema do veículo lançador, o que incluiu a verificação da comunicação via telemetria.

O marco confirmou a prontidão do equipamento para os ensaios da “Missão Polaris”, referência histórica à estrela usada na navegação e símbolo da função do SNI como base estável e confiável para o guiamento do lançador.

O Sistema de Navegação Inercial/GNSS também pode ser aplicado em sistemas de IoT, drones e outros veículos aéreos, terrestres e marítimos.

“As encomendas tecnológicas representam um instrumento estratégico de fortalecimento da autonomia e da soberania nacional, pois impulsionam o domínio de tecnologias críticas, estimulam a inovação e ampliam a capacidade do Brasil de responder com soluções próprias a desafios sociais e de desenvolvimento”,

afirma o Presidente da AEB, Marco Antonio Chamon. 

Conforme o CEO da Concert Space, Rafael Mordente, a encomenda tecnológica:

“Foi uma estratégia absolutamente acertada da AEB, pois permitiu que a indústria nacional desenvolvesse uma tecnologia que, entre outras coisas, é praticamente impossível de ser importada e, ao mesmo tempo, indispensável para a autonomia no acesso ao espaço, afinal, esse equipamento é fundamental para o sistema de controle de qualquer veículo lançador de satélites”.

O Sistema determina, com precisão, velocidade, atitude e posição do veículo durante o trajeto até o espaço, garantindo a trajetória correta ao longo do voo e a liberação dos satélites no ponto ideal da órbita terrestre. Além disso, o equipamento reúne sensores inerciais de tecnologia MEMS, eletrônica de processamento, receptor GNSS espacial e um computador de navegação responsável pelos softwares de navegação inercial e de fusão com os dados GNSS.

A tecnologia segue a tendência dos lançadores modernos, que substituem sensores inerciais de alta precisão e alto custo pela fusão de informações de sensores de média precisão com dados de receptores GNSS adequados para uso espacial. Essa abordagem já é amplamente aplicada em aviões, drones e veículos terrestres, mas o domínio dessas técnicas ainda é restrito a poucos países, o que reforça sua relevância estratégica para o Brasil.

Com informações e imagens da AEB e Concert Space

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