Em novembro, começou a ser colocado em prática o plano de ações preventivas que visa evitar que as chuvas de verão provoquem deslizamento de terras e o escorregamento de rochas nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. O projeto prevê a criação de mais 1.354 coordenadorias municipais, que vão mapear todas as áreas de risco e prevenir a população. Será criado também um sistema de alarme e alerta, que vai avisar a população doze horas antes do que irá acontecer na região. Mas a principal inovação é o Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres, que deverá ser inaugurado ainda em janeiro de 2004. Ele vai funcionar 24 horas e permitirá o geoprocessamento de dados via satélite, a realização de vídeo-conferência para administração de desastres em tempo real e a elaboração de mapas temáticos de ameaças. Segundo o secretário Nacional de Defesa Civil (Sedec), Jorge do Carmo Pimentel, essas ações são uma forma de não atuar reativamente aos desastres. "Não vamos fazer ações preventivas depois que acontecer o desastre. Queremos evitar pelo menos que a morte ocorra, já que uma das responsabilidades mais importantes do ser humano dedicado ao próximo é aliviar sua dor e seu sofrimento", afirmou o secretário. O orçamento previsto no Plano Plurianual (PPA) para o desenvolvimento desses dois programas de Prevenção e o de Respostas aos Desastres é de R$ 35 milhões.