Quatro eventos em um só:novidade agrada e se torna a oportunidade perfeita para a realização de negócios

O melhor evento latino-americano de Geo já realizado. Este foi o título que o GEOBrasil 2004 – Congresso e Feira Internacional de Geoinformação – recebeu dos maiores especialistas e críticos da área. Realizada no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo, entre os dias 4 e 6 de maio, a quinta edição do evento reuniu cerca de 3.200 profissionais, entre congressistas e visitantes da feira.

Não bastasse o sucesso do GEOBrasil, o público pode conferir outros três eventos ao mesmo tempo: o ExpoGPS – 1º Congresso de Posicionamento por Satélite, GEO Óleo e Gás – 1º Seminário Internacional de Geotecnologias para Oleodutos e Gasodutos e GEOInteligência – 1º Fórum Latino-Americano de Proteção e Gerenciamento Crítico de Infra- Estrutura de Serviços Públicos. Eles apresentaram para o mercado as novidades desta área que é uma das que mais se expandem no mundo da tecnologia da informação.

Segundo a organizadora do 5º Congresso e Feira Internacional de Geoinformação, Alcantara Machado Feiras de Negócios, além de importante mecanismo de atualização para profissionais da área, "estes eventos buscaram, acima de tudo, apresentar as ferramentas necessárias para atender as necessidades do dia-adia do grande público, que busca cada vez mais as geotecnologias, como os serviços baseados em localização (LBS)".

Quem esteve presente pode verificar as novidades e tendências do mercado nas áreas de localização e cartografia, com destaque para as soluções GIS corporativas. O GIS (sigla em inglês para Sistemas de Informações Geográficas) tornou-se indispensável às redes de infraestrutura como abastecimento de água e gás, energia elétrica, telefonia fixa e móvel, entre outros serviços públicos.

A feira

A feira do GEOBrasil 2004 contou com 54 estandes, onde praticamente todas as marcas nacionais e importadas do mercado de geotecnologias estavam expostas.

O grande número de visitantes pôde comprovar sua importância para o mercado de geotecnologias. "É o nosso primeiro grande evento e estamos muito satisfeitos", declarou Nisso Cohen, vice-presidente da Space Imaging do Brasil para a América Latina, que tem sede em Colorado (EUA) e é responsável pelo Ikonos, satélite pioneiro de alta resolução. A empresa iniciou suas operações no começo deste ano e já pôde contar com o peso de um evento como esse para alavancar as vendas de seu mais novo produto: as imagens do satélite Resourcesat-1. "O evento foi bastante concorridoe recebeu pessoas tanto do governocomo da indústria", completou Múcio
Dias, presidente da Space Imaging doBrasil.

Para Eduardo Oliveira, diretor da Santiago & Cintra, empresa especializada em equipamentos topográficos e em soluções de mapeamento, a feira mostrou-se, além de um ótimo local para a troca de conhecimento e informação, com potencial para a realização de negócios. "O evento foi fantástico. Ainda no período da feira realizamos negócios da ordem de R$ 620.000,00, sendo que nos próximos 90 dias devemos fechar contratos que totalizarão R$ 1.820.000,00 como resultado dos contatos que fizemos durante os três dias do evento", afirmou à revista InfoGPS.

O resultado excepcional da edição deste ano fez com que boa parte dos expositores reservasse espaço o evento do ano que vem. Já com 50% da feira reservada, o GEOBrasil 2005 promete superar todas as expectativas. GISPLAN, Santiago e Cintra, Sisgraph, Imagem, Intersat, CTGEO, Base Aerofotogrametria e o Portal MundoGEO, incluindo as revistas InfoGEO e InfoGPS, já assinaram os contratos de participação. Autodesk, Space Imaging, Threetek, Digibase, CPE, Trimbase, Gempi, Geoambiente e Petrobrás também já fi-zeram suas reservas.


Público Qualificado

Para os mais de 50 expositores que participaram do GEOBrasil 2004, uma das maiores vantagens do evento é seu público qualificado. "Os clientes que chegam no estande apresentam bom conhecimento, o que facilita a linguagem entre produtores e usuários", conta João Vassalo, presidente da Threetek.

Ao lado de Rose Mesquita, diretora da Gempi, o diretor internacional de Produtos e Soluções da norte-americana ESRI, David J. Maguire, que participou também do congresso como palestrante, disse que teve ótima impressão do mercado nacional. "É a primeira vez que tenho a oportunidade de vir ao Brasil para um evento como este e achei que os estandes estão muito bem organizados, assim como o público é formado por profissionais conhecedores da tecnologia, o que faz da feira o local ideal para a troca de experiências com os usuários", disse Maguire. "Valeu a pena ter vindo", resume a diretora da Gempi.

Opinião semelhante teve Nelson Ismar, da Autodesk. "Participamos desde os primeiros eventos e, ao longo destes anos, pudemos acompanhar o crescimento tanto do público especializado como da participação institucional", disse Ismar, destacando a presença da Petrobrás entre os expositores.


Congresso

Georreferenciamento de imóveis rurais, software livre para geoinformação, agricultura de precisão, política para disponibilização de dados geográficos. Nenhum dos grandes temas que têm movimentado o setor ficou de fora do GEOBrasil 2004. Desta vez, com eventos dirigidos como o GEO Óleo e Gás, que teve o patrocínio da Petrobras, e o Fórum GEOInteligência e o ExpoGPS, ambos voltados para um segmento específico do mercado, o GEOBrasil conseguiu abordar com maior profundidade cada área da geoinformação.

"Os clientes que chegam no estande apresentam bom conhecimento, o que facilita a linguagem entre produtores e usuários" João Vassalo, da Threetek.


Já na abertura do Congresso, representando o Ministério da Ciência e Tecnologia, o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luiz Carlos Miranda, lembrou o compromisso do governo federal com a área de Observação da Terra, garantindo os recursos para a continuidade e aprimoramento do Programa CBERS, cujo segundo satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto, lançado no final do ano passado, está produzindo imagens de alta qualidade e baixo custo para cartografia e análise ambiental. "Esta área representa uma das mais importantes do nosso programa espacial", destacou Miranda. Guido Gelli, diretor de Geociências do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), anunciou a retomada dos investimentos em Cartografia e Geodésia. "Neste ano estamos trabalhando na atualização cadastral para os censos da população e do agromercado. Além disso, prosseguimos com o projeto de mudança do referencial geodésico, agora numa fase mais avançada", revelou Gelli.

Pela primeira vez o GEOBrasil reuniu participantes de outros três eventos da área de geoinformação. A presença deste público qualificado consolidou o acontecimento como o melhor já promovido na América Latina.


Terry Keating, vice-presidente da Intergraph, destacou, durante palestra especial, que o GIS deixou de ser um sistema isolado, que replicava informações de outros sistemas, para se tornar uma camada de inteligência que compartilha informações corporativas e permite análises espaciais, agilizando assim o processo de decisão. O GEOBrasil promoveu palestras abertas com executivos internacionais, todas com tradução simultânea em horário especial, para permitir o comparecimento de todos os congressistas dos quatro eventos – GEOBrasil, ExpoGPS, GEOInteligência e GEO Óleo e Gás. Além de Keating, da Intergraph, participaram os americanos David Maguire, vice-presidente da ESRI; Cris Bradshaw, vice-presidente da Autodesk; e John Chisum, diretor geral de Produtos da GE. Todos enfatizaram o aprimoramento dos sistemas GIS, hoje indispensáveis principalmente aos setores de infra-estrutura de serviços públicos.

"Participamos desde os primeiros eventos e, ao longo destes anos, pudemos acompanhar o crescimento tanto do público especializado como da participação institucional" Nelson Ismar, da Autodesk.


Na área de aplicações para a administração municipal, ficou demonstrado que o processo pode abranger desde ortofotos e imagens de alta resolução para a geração de layers de quadras, lotes e ruas, etc, até o desenvolvimento de aplicativo Web para consulta e desenvolvimento de solução móvel para atualização de dados. Os palestrantes concluíram que o GIS pode otimizar os resultados e diminuir custos em até três vezes, em relação aos procedimentos usuais de geração de um cadastro urbano. Além das aplicações destinadas à gestão pública, o GEOBrasil destacou a
integração de geotecnologias associadas a análises de mercado para o desenvolvimento de novos negócios para a iniciativa privada. O evento ainda contemplou os empreendedores, apontando caminhos para exportação de serviços e produtos de geoprocessamento.


GEOBrasil 2005

Buscando superar o GEOBrasil 2004, que certamente registrou o amadurecimento do mercado de geoinformação no Brasil, a Alcântara Machado Feiras de Negócios já começou os preparativos para a sexta edição do evento.

O GEOBrasil 2005 traz muitas novidades. Segundo a assessoria da promotora do evento, serão destaque algumas das principais aplicações das geotecnologias, relacionadas a Agronegócios, Mineração, Gestão de Cidades e Meio Ambiente. O Fórum de Geointeligência será transformado em um seminário maior que envolverá a área de geotecnologias aplicadas, não somente a prevenção e monitoramento de riscos, mas no planejamento e manutenção das redes de infra-estrutura. Também está confirmado que o Seminário de Óleo e Gás terá boa parte de sua programação com tradução simultânea para o espanhol, facilitando o entendimento de congressistas e palestrantes previstos de vários países da América Latina.

O GEOBrasil 2005 será realizado entre os dias 31 de maio a 2 de junho do ano que vem no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo.



GEOInteligência 2004

O 1º Fórum Latino-Americano de Proteção e Gerenciamento da Infra-Estrutura Crítica de Serviços Públicos apontou uma nova solução para minimizar os efeitos de acidentes nas redes de energia elétrica, gás, telecomunicações, entre outras, em países como Estados Unidos, Japão e Canadá.

Com o apoio da GITA – Geospatial Information & Technology Association – o público nacional pode comprovar a maior eficiência da implantação de sistemas de dados geográficos no gerenciamento de situações críticas. Embora o GIS já venha sendo utilizado há bastante tempo nestas ocasiões, os sistemas de dados geográficos ganhou maior importância para o setor de "Utilities" com a eclosão dos atentados terroristas. A partir de então, no mundo todo, empresas do setor público e privado passaram a investir em formas de detecção e prevenção de danos às suas estruturas.

Essas e outras experiências foram trazidas aos congressistas por palestrantes internacionais como Jeff B. Meyers, da Miner & Miner, Peter Casals, da International Association of Emergency Managers, e J.D. Maniscalco, da One Call Systems International. Com a apresentação do atual estado da proteção da infra- estrutura crítica na América Latina, ficou claro o papel dos dados geoespaciais na preparação de ações em desastres naturais.


Saiba mais:
internet: www.geobr.com.br