Algumas empresas vêm abandonando o Google Maps para oferecer mapas online a usuários. Nos sete anos desde seu lançamento, o serviços oferecido pelo  Google conquistou o domínio no segmento. De acordo com a comScore, 71% dos 91,7 milhões de pessoas que procuraram mapas online em fevereiro, nos Estados Unidos, recorreram ao Google Maps.

Muitos sites incorporam o Google Maps às suas páginas, para identificar a localização de imóveis à venda ou mostrar vias esburacadas. O Google já vinha cobrando de seus maiores usuários uma taxa de serviço que pode chegar às centenas de milhares de dólares anuais. Mas, em outubro, anunciou que começaria a cobrar utilização de sua API por sites menores, cujos usuários gerassem a média de 25 mil visitas diárias a mapas durante um período de um trimestre.

No final de fevereiro, a rede social Foursquare anunciou que seu site deixaria de usar o Google Maps e o substituiria pelo OpenStreetMap, um serviço de mapas criados por usuários. Em post no blog da empresa, o Foursquare informou que o aumento de preços do Google havia causado a mudança.  A nova versão da Apple para seu aplicativo iPhoto, usado no iPhone e iPad, também emprega dados do OpenStreetMap, ainda que a companhia utilize diversas fontes de mapas, especialmente o Google, em seus demais produtos. O Nestoria, um serviço de busca de imóveis, também anunciou que trocaria o Google pelo OpenStreetMap por conta do preço.

De acordo com a comScore, o OpenStreetMap ainda tem pouco tráfego. O Google Maps recebeu 65 milhões de visitantes em fevereiro, 16% acima do total do período um ano antes. O MapQuest teve 35 milhões, queda de 13%. O Bing Maps, da Microsoft, ficou em terceiro, com 9 milhões de usuários, um avanço de 18%.

Novos serviços

A Nokia, que em 2008 pagou 8,1 bilhões de dólares pela companhia de mapas eletrônicos Navteq, está trabalhando em aplicativos para celulares que usam mapas e informam a um passageiro a que horas precisa sair de casa para apanhar seu trem. O aplicativo irá informar horários dos trens, atrasos do dia e rota preferida do passageiro. A Microsoft formou uma parceria com a Nokia para aplicativos móveis e recentemente lançou ferramentas que permitem que programadores criem aplicativos de mapeamento para o sistema operacional Windows 8.

O fundador do OpenStreetMap, Steve Coast, apesar de não tê-lo abandonado, foi contratado pela Microsoft como principal arquiteto do Bing para dispositivos móveis. Em novembro de 2010, quando anunciou a novidade, a companhia disse que Coast “melhoria a experiência com mapas para clientes e parceiros, e lideraria os esforços para unir o OpenStreetMap a outras iniciativas de código aberto.”

Como os negócios da Apple giram cada vez mais em torno do iPhone e iPad, a empresa fez diversas aquisições relacionadas a mapas, entre as quais a da Poly9, que produz um pequeno mas poderoso mapa tridimensional da Terra, e a da C3, que permite buscas tridimensionais nas ruas de uma cidade. Outra aquisição da Apple, a Placebase, tem produtos que inserem dados de terceiros, como classificações de restaurantes, em um mapa. A Apple ainda não combinou esses serviços em um produto único capaz de enfrentar os muitos recursos do Google.

Até mesmo a Esri está entrando no jogo. A companhia planeja oferecer acesso por assinatura a mapas submetidos por usuários. A ideia é que criadores de aplicativos insiram todo tipo de novos dados para computadores e celulares, nesses mapas.

Resposta

Google Maps_escritorio Los Angeles
Paris é exibida no Google Maps em escritório da empresa em Los Angeles

O Google parece estar contra-atacando. A companhia anunciou dois novos sites que encorajam criadores de aplicativos de todos os níveis de competência a utilizar seus mapas para serviços de localização e software para celulares. Um dos sites oferece instruções de direção fáceis para chegar a um endereço, e o outro é uma galeria de coisas que as pessoas criaram usando o Google Maps.

Além das instruções de acesso para motoristas, o Google começou a mapear o interior de aeroportos e shopping centers. A Microsoft está criando mapas que informam a altura de edifícios e se as lojas do térreo têm filas longas, com base nos comentários de consumidores em redes sociais.

Com informações da Folha.com