Dezesseis municípios atendidos e um orçamento de R$ 2,84 milhões – o maior desde a criação em 1989 – compõem o balanço dos atendimentos em 2012 pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ao Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios, o Patem.

A iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo financia serviços especializados que utilizam a capacitação técnica do IPT para laudos em municípios de pequeno e médio porte, que não contam com recursos e capacitação funcional para resolução de situações emergenciais.
De acordo com o IPT, do total de R$ 2,84 milhões gastos em 2012, a Secretaria de Desenvolvimento foi responsável pelo aporte de 88% (R$ 2,51 milhões) e os municípios entraram com 12% (R$ 331 mil).

Foram assinadas ordens de serviço com os municípios de Bom Jesus dos Perdões, Campo Limpo Paulista, Cravinhos, Cunha, Indiana, Iperó, Itanhaém, Jundiaí, Monte Alto, Monteiro Lobato, Novo Horizonte, São Caetano do Sul, São João da Boa Vista, São Luiz do Paraitinga, Tatuí e Vargem – alguns dos trabalhos estão concluídos e outros continuam em execução.

Os projetos dedicados ao uso do solo, com o desenvolvimento de instrumentos técnicos de ordenamento territorial para planejamento do uso do solo urbano e rural, respondem por 50% dos atendimentos. Os outros serviços envolvem a geração de bases técnicas e econômicas para planejamento e desenvolvimento sustentável dos recursos minerais, e serviços de conservação e manutenção da infraestrutura e de edificações públicas.

Os serviços são prestados por três unidades do IPT: Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas (Cetae), Centro de Tecnologia de Recursos Florestais (CT-Floresta) e Centro de Tecnologia de Obras de Infraestrutura (CT-Obras). “Os tipos de atendimentos realizados em 2012 foram bastante diversificados, enfocando principalmente o ordenamento territorial dos municípios com ênfase para prevenção em áreas de riscos, e para 2013 a intenção é prosseguir com os atendimentos – inclusive o orçamento foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo e será de R$ 3 milhões”, disse Luiz Carlos Tanno, coordenador do programa dentro do IPT.

Segundo o IPT, entre os trabalhos mais significativos está a revisão ainda em execução do plano diretor de Itanhaém, que inclui uma série de estudos geoambientais envolvendo aspectos do meio físico, biótico e de uso e ocupação do solo, e a reavaliação das áreas de risco de São Luiz do Paraitinga, cujo relatório já foi concluído.
Outro projeto importante envolveu a avaliação das estruturas de madeiras de dois teatros na cidade de São Caetano do Sul para patologias relacionadas a ataque de fungos, cupins e brocas de madeira.

Os procedimentos para a análise dos teatros Paulo Machado de Carvalho e Timochenco Wehbi incluíram a compreensão dos elos de transmissão de carga do forro aparente, peças de tarugamento até a estrutura principal, como vigas e paredes, e a avaliação biológica da deterioração da madeira. Os pesquisadores fizeram também um diagnóstico da segurança estrutural das peças de madeira e sugeriram medidas corretivas ou de substituição.

(Com informações da Agência FAPESP)