15 Anos conectando você às soluções geoespaciais

Por Alexandre Scussel, Eduardo Freitas e Ivan Leonardi

1998Do Cbers-1 aos VANTs de última geração. Das primeiras estações totais aos laser scanners com altíssimo poder de detalhamento. Os últimos 15 anos foram de mudanças em toda a sociedade – com a massificação da internet e a globalização – mas o setor de geotecnologia experimentou câmbios ainda mais peculiares, pois saiu de um “gueto” de especialistas e hoje está na mão de todos, através dos smartphones com GPS. Se em 1998 apenas experts no assunto sabiam como abrir um software, carregar dados e gerar um mapa, hoje até mesmo uma criança tem acesso a mapas online. Se naquela época os levantamentos estavam entrando na era da automatização, hoje existem equipamentos que geram milhões de pontos por segundo, tendo como produto final modelos tridimensionais da realidade. Por outro lado, a indústria geoespacial ainda enfrenta alguns desafios: há uma necessidade de constante atualização por parte dos profissionais que atuam no setor; algumas áreas – como a de VANTs – ainda carecem de regulamentação clara por parte dos governos; as empresas nacionais competem em condições desiguais com companhias de outros países; entre outras barreiras.

A MundoGEO acompanhou todas estas mudanças nos últimos 15 anos, e prepara-se para uma nova fase na qual a educação passa a ter cada vez mais força no “core business” da empresa. Se no início, em 1998, a MundoGEO era basicamente apoiada em uma revista – chamada InfoGEO -, hoje tornou-se uma plataforma completa de mídia e comunicação, através de um portal em três idiomas – português, espanhol e inglês – , uma revista em formato impresso e digital – também em português e espanhol -, seminários online, uma rede social própria, além é claro do MundoGEO#Connect, maior conferência e feira anual de geomática e soluções geoespaciais da América Latina. E para iniciar este novo ciclo, a MundoGEO prepara para os próximos meses o lançamento de uma plataforma de cursos online, que vai contar com treinamentos práticos que vão auxiliar na atualização dos profissionais do setor.

Empreendedor da área comunicação, Emerson Zanon Granemann fundou a MundoGEO em março de 1998. “Eu percebia, no período que atuei na Esteio Engenharia e Aerolevantamentos e depois como Consultor, a cada projeto, que havia uma falta de sintonia entre a comunidade cartográfica e a comunidade usuária. Tornava-se evidente que faltava algo para unir usuários e produtores da geoinformação. Desta forma, desde o início, a motivação em criar uma empresa como a MundoGEO foi preencher esta lacuna de conectar os profissionais do setor e promover, com isso, o desenvolvimento sustentável do mercado”, comenta.

Em maio do mesmo ano foi realizada em Curitiba (PR) a Exposição Imagens da Terra, que marcou também o lançamento da revista InfoGEO, trazendo na capa as novidades em automação topográfica. De 24 a 28 de agosto Recife (PE) recebeu a primeira edição do ExpoGeo Nordeste, um evento no qual técnicos, empresários e tomadores de decisão se reuniram para debater e divulgar soluções que as geotecnologias poderiam trazer para a região.

1999Já em 1999 o destaque foram os lançamentos de vários satélites de Observação da Terra. O Landsat 7 tinha um novo sensor a bordo denominado Enhanced Thematic Mapper Plus (ETM+) e a adição de uma banda pancromática com resolução espacial de 15 metros. Já o Ikonos II trazia ainda mais detalhamento, com resolução espacial de apenas 1 metro. O Cbers-1, lançado em outubro daquele ano, foi o primeiro satélite desenvolvido pelo acordo de cooperação entre a China e o Brasil, colocando nosso país no seleto time de nações que operam um satélite de sensoriamento remoto. No mesmo ano, a União Europeia aprovou o sistema de navegação por satélites Galileo, posicionando-se como uma alternativa ao norte-americano GPS e ao russo Glonass.

2000Em fevereiro de 2000 foi realizada a Missão Topográfica Radar Shuttle (SRTM, na sigla em inglês) com o ambicioso objetivo de gerar um modelo digital do terreno da zona da Terra entre 56° Sul e 60° Norte, que pode ser baixado gratuitamente pela internet. Em maio, a Presidência dos Estados Unidos da América anunciou o desligamento da Disponibilidade Seletiva (SA, na sigla em inglês), que gerava degradação no sinal GPS e induzia a erro nas coordenadas, melhorando assim a acurácia no posicionamento absoluto, de dezenas de metros para poucos metros. A China não ficou para trás e lançou em outubro o primeiro satélite do sistema de posicionamento e navegação Beidou. No mesmo ano foi lançado o site www.infogeo.com.br, a primeira iniciativa da MundoGEO para levar notícias diárias à comunidade de geotecnologia, enquanto a Trimble anunciava a aquisição da Spectra Precision, dando um grande passo para a consolidação como um dos líderes no setor de geomática.

20012001, o ano que ficou na memória de todos pelo ataque às torres gêmeas, em Nova York, contou com uma novidade no mercado brasileiro, quando a TechGeo apresentou o primeiro GPS geodésico nacional. Em maio daquele ano foi lançado o site www.mundogeo.com.br, ainda em português, enquanto em junho aconteceu o GEOBrasil no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo (SP). Duas leis com número muito parecido foram marcantes para o setor de geotecnologia naquele ano. A Lei nº 10.257, também conhecida como Estatuto das Cidades, foi aprovada em julho e passou a apontar os rumos para uma gestão moderna e responsável nos municípios brasileiros, enquanto a Lei nº 10.267 foi sancionada em agosto e instituiu as bases para o georreferenciamento de imóveis rurais.

2002O ano de 2002 já tinha começado com novidades no sensoriamento remoto, pois no fim do ano anterior o satélite QuickBird passou a enviar imagens de altíssima resolução espacial. Em março foi lançado o satélite europeu Envisat, enquanto em maio o Spot 5 entrou em órbita. Em junho o Inpe lançou a TerraLib, uma biblioteca de software para a construção de SIGs e no mês posterior foi lançado o software livre Quantum GIS, além de entrar em operação o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), com a finalidade de monitorar o espaço aéreo na região amazônica.

20032003 foi marcado como o ano em que foram reativados os trabalhos da Comissão Nacional de Cartografia (Concar). Ainda neste ano, Embrapa e USP realizaram testes com uma câmera digital embarcada em um aeromodelo, já experimentando o que viria a se tornar a tecnologia conhecida hoje como Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs). No mesmo ano a Orbisat apresentou seu radar de abertura sintética, enquanto o Inpe lançava em outubro o segundo veículo da série Cbers, que deixou de funcionar em 2009 depois de produzir 175 mil imagens e percorrer cerca de 1,2 bilhão de quilômetros.

2004Aproveitando toda a movimentação em torno do georreferenciamento de imóveis rurais, em fevereiro de 2004 foi lançada a revista InfoGPS, que depois viria a se tornar InfoGNSS, um termo mais representativo de todos os sistemas de navegação por satélites disponíveis atualmente. Aquele também foi o ano da Google, que em março apresentou o serviço Google Local e em outubro adquiriu a Keyhole, produtora de mapas digitais que desenvolveu o projeto inicial que viria a se tornar o Google Maps e Earth, no ano posterior.

2005No início de 2005, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o Sirgas 2000 como a referência oficial para o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Após três anos de experiência, em maio de 2008 o IBGE passou a ser um dos Centros de Análise Sirgas, com a responsabilidade de processar os dados das estações GNSS contínuas que participam da parte central da rede. Ainda em 2005, dois fatos aparentemente sem ligação entre si mostravam que estava na hora da indústria geoespacial brasileira integrar-se cada vez mais aos outros países da América Latina. Em agosto foi lançado o novo portal MundoGEO em português, espanhol e inglês, e no mês seguinte aconteceu na cidade do Rio de Janeiro o Encontro Latinoamericano de Usuários Esri (Lauc), ambos acontecimentos que fortaleceram os laços entre os países latinoamericanos.

2006Em 2006 o MundoGEO passou a participar das atividades do consórcio internacional Latino, para a criação de um Centro de Informações sobre o Galileo na América Latina. No mesmo ano, Incra e IBGE firmaram um amplo acordo de expansão, integração e modernização das redes RBMC e Ribac, aumentando a disponibilidade de dados para levantamentos geodésicos no Brasil. Enquanto isso, a Concar homologava a Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais da Mapoteca Nacional Digital, dando um passo para a implementação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais. A Microsoft, vendo a competição do Google na área geoespacial, adquiriu em 2006 a Vexcel Corporation, uma das maiores empresas no setor de fotogrametria. Ainda naquele ano foi lançado o Fórum de Discussão MundoGEO, uma nova ferramenta para interação da comunidade geoespacial. No fim do ano, a nona edição do evento realizado pela Associação para a Infraestrutura Global de Dados Espaciais (GSDI, na sigla em inglês) aconteceu em Santiago, no Chile, com cobertura da MundoGEO. Além disso, foi lançada a revista especial InfoGEO Cidades, em parceria com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal.

No ano seguinte o IBGE adquiriu nada menos do que 82 mil PDAs equipados com GPS para o Censo Agropecuário 2007, e no início do ano a MundoGEO lançou uma nova Revista Especial, chamada InfoGEO Óleo & Gás, uma parceria com a Petrobras. Em março a MundoGEO organizou, em parceria com o Consórcio Latino, o evento internacional Galileo Information Days, em São José dos Campos (SP), um encontro de alto nível que levou a algumas das principais lideranças do setor de geotecnologia informações sobre as possibilidades do sistema europeu de navegação por satélite. Já em dezembro, o consórcio Latino realizou em Santa Maria (RS) a Escola de Verão do Galileo, um evento informativo para a comunidade acadêmica.

Junho de 2007 foi um mês de comemoração, pois a MundoGEO conquistou dois troféus do Prêmio Anatec, um pelo portal e outro pela edição especial sobre cidades. No mesmo mês, o Google lançou o StreetView, causando debates sobre privacidade, uso indevido de imagens, espionagem, etc.. Alguns satélites de sensoriamento remoto foram lançados naquele ano, como o TerraSAR-X, Alos, RadarSat-2 e Cosmo-Skymed, com destaque para o Cbers-2B, em setembro. No setor de GNSS, Estados Unidos e União Europeia anunciaram um acordo para o estabelecimento de um sinal comum para os sistemas GPS e Galileo, enquanto o Grupo Hexagon anunciava a aquisição da NovAtel, fazendo frente à Trimble no setor de geomática. No fim do ano, mais uma edição especial levou informação segmentada à comunidade, quando a revista especial InfoGEO Mineração foi publicada em parceria com a Vale. No mesmo ano, a MundoGEO realizou cursos de geotecnologias em conjunto com o Senac-SP, além de organizar, em parceria com FGV e Intare, o I Fórum de Negócios em Geotecnologia na América Latina, em São Paulo (SP).2007

20082008 começou com uma bomba no setor de geo, pois há tempos não havia um estudo tão completo sobre o mercado de geotecnologias no Brasil. Em março a empresa Intare e a FGV apresentaram uma pesquisa com um panorama do mercado de geotecnologias, sendo que um extrato foi publicado com exclusividade na revista InfoGEO. Dentro das atividades do Projeto Latino, a MundoGEO foi a Buenos Aires em março para apoiar a realização do Encontro Galileo para Indústria, levando informações sobre o sistema europeu para as autoridades argentinas. Apenas um mês depois, foi lançado o segundo satélite de validação do sistema, o Giove-B. Em junho o evento GeoBrasil passou a se chamar Geo Summit Latin America e destacou as Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE), um tema cada vez mais presente no setor geoespacial. Em novembro, o então presidente Lula assinou o Decreto que instituiu a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde).

2009A partir de abril de 2009 o IBGE passou a disponibilizar um serviço de Posicionamento por Ponto Preciso, gerando novas possibilidades de levantamentos, enquanto na revista InfoGNSS foi iniciado um debate sobre a integração dos cursos de engenharia de agrimensura e cartográfica, o que se tornaria realidade poucos anos depois. No mesmo mês, a MundoGEO organizou em São Paulo (SP) o Seminário GeoWeb & GPS, dando início a uma série de eventos de curta duração – um dia – e conteúdo concentrado em palestras objetivas e amplo espaço para as sessões de perguntas & respostas da plateia. A partir de outubro daquele ano a MundoGEO passou a realizar os primeiros seminários online, com grande aceitação da comunidade. Ainda naquele mês foi lançado o satélite de altíssima resolução WorldView-2, revolucionando o setor de Observação da Terra. E o final daquele ano ainda reservava novidades, já que a Concar homologou em novembro o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil, enquanto o Ministério das Cidades lançou as diretrizes para o Cadastro Técnico Multifinalitário. No dia 5 de dezembro, a MundoGEO realizou em São Paulo (SP) o Seminário Google Earth & Maps para Empresas, que mostrou as soluções corporativas para o setor de geo da gigante de buscas.

2010Há tempos a comunidade de geomensores estava solicitando alterações nos procedimentos para georreferenciamento e certificação de imóveis rurais. Atendendo a esta demanda, o Incra criou um grupo de trabalho e em fevereiro de 2010 lançou a segunda versão da Norma. Seguindo a série de seminários de curta duração e alta quantidade de conteúdo condensada, a MundoGEO realizou em março um seminário sobre Geomarketing, em São Paulo (SP), reunindo empresas, instituições e profissionais do setor para debater, principalmente, a contribuição dos dados do Censo para as análises de mercado. Em abril a Concar lançou o portal SIG Brasil, a nova “cara” da Inde, enquanto os VANTs foram tema de capa da revista InfoGEO pela primeira vez, mostrando como esta tecnologia iria revolucionar o mercado de geo nos próximos anos. Naquele ano o MundoGEO integrou um consórcio internacional com empresas e instituições da Europa e Brasil para a realização do Projeto Encore, que tinha o objetivo de elaborar um novo receptor de baixo custo baseado nos sinais do sistema Galileo. Em maio, infelizmente o Inpe anunciou que havia perdido o contato com o satélite Cbers-2B, interrompendo assim a geração de imagens. Em junho foi lançado o satélite TanDEM-X e no mesmo mês a Esri apresentou o ArcGIS 10, que trazia muitas novidades em relação às versões anteriores. No mês seguinte a Hexagon adquiriu a Intergraph, entrando desta forma com tudo também no setor de GIS. No fim daquele ano, um VANT do Exército brasileiro decolou para sua primeira missão, enquanto um estudante desenvolvia um veículo não tripulado 100% nacional. Na mesma época foi lançado o novo portal MundoGEO em WordPress, a mais popular plataforma para geração e consumo de conteúdo na web.

2011Em abril de 2011 a Autodesk lançou seu programa de certificação no Brasil, e no mês seguinte foi aprovado o Novo Código Florestal, abrindo caminho para a realização do Cadastro Ambiental Rural. Quase simultaneamente, o Incra anunciou que o Acervo Fundiário Digital estava disponível na web.

Após várias pesquisas, enquetes e avaliações de eventos presenciais e online, a MundoGEO realizou em junho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), a primeira edição do MundoGEO#Connect, reunindo mais de 2 mil pessoas em um formato inovador de encontro. Em agosto do mesmo ano, a MundoGEO inovou mais uma vez e lançou o GeoConnectPeople, a primeira rede social global do setor de geotecnologia.

Ainda em agosto o Grupo Hexagon comprou a brasileira Sisgraph, mostrando que o mercado brasileiro entrava de vez no mapa das grandes aquisições. No fim daquele ano, a Organização das Nações Unidas estabeleceu um Comitê de Especialistas em Gerenciamento Global da Informação Geográfica (GGIM, na sigla em inglês), elevando o debate sobre geotecnologias ao mais alto nível. O Galileo dava mais um grande passo com o lançamento dos dois primeiros satélites de navegação do sistema, enquanto no setor de geoprocessamento a BlueMarble anunciava a aquisição da GlobalMapper.

20122012 começou com uma das decisões mais emblemáticas da MundoGEO: a fusão das revistas InfoGEO e InfoGNSS. Isto foi decidido após muitas pesquisas e também pela constatação de que a maioria dos leitores assinava as duas revistas. Além disso, era cada vez mais difícil dividir o que era GIS, sensoriamento remoto, topografia, etc.. As áreas estavam cada vez mais sobrepostas, e já era hora de lançar uma revista que abordasse todas as facetas da geomática e soluções geoespaciais, a revista MundoGEO. Naquele mesmo ano foram lançadas duas séries de matérias de grande repercussão, uma com o objetivo de mapear todos os cursos de geotecnologias do Brasil, e outra com pesquisas online sobre as diversas tecnologias geoespaciais. E, ainda, a MundoGEO passou a realizar seus primeiros seminários online em espanhol. Sobre os webinars, em junho foi batido o recorde histórico, com mais de 2800 inscritos e 1500 participantes em um evento online sobre o ArcGIS 10.1.

Em abril daquele ano a Trimble adquiriu a Gatewing, empresa fabricante de VANTs, mostrando que esta tecnologia está sendo considerada nos planos de expansão dos grandes grupos de geo. A mesma Trimble adquiriu quase ao mesmo tempo o Sketchup 3D, ferramenta da Google para a criação de modelos em três dimensões. Ainda sobre aquisições e fusões, em junho as empresas DigitalGlobe e GeoEye anunciaram uma fusão, formando um dos maiores grupos no mundo no setor de sensoriamento remoto. Para fazer frente a esta transação, naquele ano a Astrium lançou os satélites Spot 6 e Pléiades-1B. Na área de software livre, a OSGeo anunciou a criação de um laboratório no Brasil, dentro das instalações da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O setor de Cadastro Técnico Multifinalitário também contou com novidades em 2012, com a aprovação da nova Norma ISO 19152, enquanto o Incra lançou a Norma de Execução nº 105 para agilizar e automatizar alguns processos na Certificação de Imóveis Rurais.

Em junho daquele ano foi realizado o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, em São Paulo (SP), reunindo mais de 3.350 participantes de 27 países nos cursos, seminários, fóruns e feira de produtos e serviços.

20132013 começou com boas novas no setor florestal, quando o MMA anunciou a aquisição de imagens de satélite e tecnologia de geoprocessamento para cumprir a meta de cadastrar 5,4 milhões de imóveis rurais até 2014. Em fevereiro foi anunciado que o Brasil vai receber a primeira estação de monitoramento do Glonass fora da Rússia, que será instalada na Universidade de Brasília (UnB).

Duas aquisições mexeram com o mercado brasileiro de geodésia e topografia. Em março deste ano a Bentley anunciou aquisição da Charpointer, desenvolvedora do software Topograph, enquanto em abril o Grupo Hexagon adquiriu a Manfra, que representa a Leica Geosystems na região sul e desenvolve o software topográfico Posição. Também em abril foi criado o Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática e Soluções Geoespaciais (veja matéria na página 66), uma entidade sem fins lucrativos com objetivo de promover o desenvolvimento do mercado nacional de geotecnologia, visando criar uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável.

A revista MundoGEO passou a abrir mais espaço para o setor acadêmico, com a inauguração de uma seção exclusiva para as Empresas Juniores. Também publicou artigos sobre Cloud, Big Data, Posicionamento Indoor, etc., algumas das tendências no setor de geotecnologia para os próximos anos. Em maio o portal MundoGEO bateu novos recordes, com aproximadamente 8 mil visitas diárias e 15 mil visualizações de página.

Segundo Emerson Granemann, os últimos 15 anos mostraram mudanças culturais profundas no modo de usar as geotecnologias. “Alguns fatores merecem mais destaque como o barateamento do hardware, software e principalmente da coleta de dados. Em relação à disseminação da cultura de uso da geoinformação, os produtos de visualização do Google Maps e Earth provocaram uma quebra de paradigma no conceito de disponibilização de informações”, comemora.

O QUE VEM POR AÍ?

O MundoGEO prepara novidades ainda para este ano. De 18 a 20 de junho acontece o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), com novidades na programação, que vai destacar as tendências do setor e as novas ideias para a solução de projetos na área de geotecnologia. E em julho será lançada a plataforma de Cursos Online MundoGEO, na qual os alunos vão poder estudar de qualquer lugar, contando com conteúdo de alta qualidade e instrutores certificados, liberdade de dias e horários (o aluno define sua própria agenda), material com conceitos, complementos e vídeos práticos, instruções e suporte para baixar e instalar softwares, além de ampla interação com os tutores e entre os participantes.

Emerson comenta também sobre os planos da MundoGEO para o futuro. “Hoje, a MundoGEO é líder na América Latina e está entre as principais empresas do mundo do setor de comunicações. Nossa força no Brasil é grande, mas estamos crescendo muito na América Latina, Portugal, Espanha e no continente africano. Estamos produzindo mais notícias locais internacionais. Comparadas às outras empresas do setor, que têm sempre o foco na revista, internet ou evento, a MundoGEO se destaca pela amplitude de canais que oferece atualmente, nos idiomas português e espanhol, como: revista, internet, eventos e agora também os cursos online. Nossa intenção é oferecer várias opções de geração de conteúdo nestes idiomas e ampliar gradualmente a produção em inglês. Outra prioridade são as cooperações internacionais que estamos fazendo, como com o portal americano Directions Mag, o evento alemão Intergeo e a Esri no apoio aos seus eventos de usuários na América Latina”.

Big Data, GeoCloud, Indoor, VANTs, Geocolaboração: tudo isso já está impactando e vai ser cada vez mais realidade no setor de geo. Se os últimos 15 anos já nos mostraram mudanças significativas no modo como interagimos com a geoinformação, os próximos 15 prometem ser ainda mais excitantes. Seja através do portal, revista, eventos – presenciais e/ou online –, redes sociais ou qualquer outra nova forma de comuncação, a MundoGEO estará sempre ao seu lado, conectando você às soluções geoespaciais!