Os peritos da Polícia Civil de Minas Gerais estão utilizando o Scanner 3D para analisar a estrutura do viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou na útima quinta -feira (3), em Belo Horizonte.

Matéria da última edição da revista MundoGEO,  o laser scanner utiliza o mesmo princípio da estação total, onde é feita a medição de ângulos e distâncias para o posicionamento tridimencional. O scanner faz uso do laser para medições lineares e de varredura (scanner) horizontal e vertical para medições angulares de forma mais rápida que as estações totais. O fato do scanner ser 3D se deve ao fato dele armazenar, como dado bruto, essencialmente coordenadas XYZ, calculadas em tempo real a partir das medições lineares e angulares.

Scanner 3D usado na perícia do viaduto que caiu em Belo Horizonte. Fonte: UOL

Segundo o portal de notícias UOL, para o diretor do Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Paiva, o aparelho é um auxílio importante nos trabalhos dos peritos, pois permite transformar as imagens do plano físico em imagens virtuais tridimensionais. De modo que seja possível analisá-las de diversos ângulos. Paiva acrescenta que “Poderemos confrontar a situação atual da estrutura do viaduto com a que estava no projeto”, explicou. “Podemos fazer uma série de medições que vão contribuir, alinhadas a outros elementos, para efetivamente descobrir o que proporcionou o colapso da estrutura.”

Paiva disse que o aparelho foi emprestado à polícia pelo fabricante, que fica em Santa Catarina. “É uma novidade. Eu não tenho notícia de esse tipo de aparelho ter sido usado em alguma perícia no Brasil. Eu ouvi dizer que possivelmente ele tenha sido aplicado no caso da Boate Kiss [tragédia que matou centenas de pessoas, em Santa Maria (RS), no ano passado]”, contou.

O scanner tem uma margem de erro de dois milímetros, o que, na opinião do diretor, não é relevante para a perícia. “Eu diria que é de uma precisão total. Dois milímetros, nesse caso, não vão fazer diferença nenhuma em qualquer conclusão.”

Acompanhamento da demolição

Agora os peritos aguardam a liberação para a demolição do viaduto para dar início a próxima fase da investigação. O TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) determinou neste domingo (6) que a área do viaduto seja preservada para perícia, e os trabalhos de demolição, adiados.

Paiva afirmou que a perícia será feita paulatinamente, acompanhando os trabalhos de demolição da estrutura do viaduto. “À medida que forem retirando os escombros, vamos verificar como estavam sendo feitos os escoramentos, à medida que forem sendo expostas as ferragens nós vamos confrontar para checar se elas estavam de acordo com o projeto, vamos colher amostras do concreto”, disse.

Ainda segundo o perito, o foco depois disso será o pilar principal do viaduto, que teria afundado seis metros. “Essa área está totalmente preservada, porque é a área foco de interesse da perícia’, afirmou.

No desabamento do Batalha de Guararapes, foram atingidos um micro-ônibus, um Fiat Uno e dois caminhões. A motorista do micro-ônibus Hanna Cristina dos Santos, 26, e o condutor do Fiat Uno, Charles Frederico Moreira do Nascimento, 25, morreram.

Com informações do UOL

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