Conheça a trajetória e a atuação do grupo Santiago & Cintra e como suas soluções são capazes de melhorar a produtividade e garantir o sucesso dos empreendimentos Brasil afora

Não é nenhuma novidade que as geotecnologias são essenciais para a realização de inúmeros trabalhos, nos mais diversos setores da sociedade. Todo projeto que se preza, deve necessariamente utilizar, em algum momento de sua concepção ou realização, alguma ferramenta ou método geoespacial. Entretanto, nem sempre a sua importância foi amplamente disseminada. Um dos pioneiros e responsáveis por este processo, no Brasil, foi a empresa Santiago & Cintra.

Referência no mercado de geotecnologias, o grupo Santiago & Cintra atua há mais de 36 anos no mercado brasileiro. Com uma ampla rede de distribuidores, assistência técnica especializada e as principais marcas em seu portfólio, o grupo fornece soluções de geotecnologias para quatro áreas-chave:

• Topografia & Construções (Estações Totais, GPS, teodolitos, níveis, coletores de dados, softwares, etc.);
• Mapeamento & GIS (Receptores GPS, coletores de dados, softwares, etc.);
• Escaneamento a Laser 3D (Equipamentos para curto e longo alcance, softwares, etc.);
• Vants (equipamento de asa fixa e rotativa, softwares, etc).

Confira a seguir alguns casos reais de como a Santiago & Cintra atua e também uma entrevista com Eduardo Oliveira, presidente, sobre a trajetória, valores e atuação do grupo no contexto nacional.

Entrevista com Eduardo Oliveira, presidente do grupo Santiago & Cintra

Revista MundoGEO: Quais são hoje as áreas de atuação do grupo Santiago & Cintra?
Eduardo Oliveira: Hoje atuamos em três macro áreas: “Agricultura de Precisão” – através da GeoAgri; “Imagens de Satélite, mapeamento e desenvolvimento de soluções Web-GIS” – através da S&C Consultoria (SCCON) e “Equipamentos de Topografia” – através da S&C Geotecnologias (SCGeo). As três empresas são líderes, com reconhecimento comprovado, em seus respectivos mercados.

MG: Qual é o segredo do grupo Santiago & Cintra ter construído este legado no mercado brasileiro? Como você vê esta trajetória?
EO: Na verdade não temos exatamente um segredo, eu diria que nosso sucesso tem muito mais a ver com a cultura da empresa, que é o “compromisso com nosso cliente”. Em muitas organizações essa frase é apenas marketing, não tem consistência. Conosco é diferente, é cultural, está em nosso DNA. Nosso compromisso é com o sucesso do projeto de nosso cliente ou com o sucesso no uso de alguma das inúmeras tecnologias que temos em nosso portfólio, agregando valor efetivo e mensurável. Levamos isso muito a sério, é por isso que o mercado não nos vê como um simples fornecedor de produtos, mas sim como um parceiro tecnológico de confiança, onde ele encontrará as melhores soluções do mercado. Se eu fosse traduzir esse “compromisso”, mencionaria que começa com a identificação das necessidades do cliente, passando pela indicação da melhor solução, com o melhor suporte, e assistência técnica. Essa cultura não é apenas visível em nossos colaboradores, mas também em toda a nossa rede de parceiros de negócios/distribuidores. Aliás um dos pilares de nosso sucesso é a extensa e altamente profissional rede de distribuidores. Quanto à trajetória te digo que foi longa, afinal a S&CGeo foi fundada há 36 anos e não foi fácil, garantir sempre um time altamente capacitado, fornecendo sempre a tecnologia mais eficaz e atualizada do mercado, principalmente com os altos e baixos da economia brasileira. Mas é uma trajetória dinâmica, que está continuamente em evolução. Te dou alguns exemplos: mencionei acima nosso “compromisso com o cliente”. Veja o que está acontecendo neste exato momento – estamos começando a comercializar a linha de equipamentos da Spectra (uma empresa da Trimble) e por quê? Porque a Spectra possui uma linha de produtos extremamente atraente a um nicho do mercado de topografia brasileiro. São equipamentos de alta qualidade, com muita tecnologia embarcada e com um preço competitivo. Um outro caso são os VANTS. Somos distribuidores da SenseFly que possui produtos excelentes e lideramos o mercado de asa-fixa com o modelo Ebee. Agora estamos agregando ao nosso portfólio o Arator da Xmobots, empresa nacional, de São Carlos (SP). O Arator é um VANT incrível a um preço extremamente atraente. Ou seja, existe todo um investimento que estamos efetuando, para sempre estarmos alinhados com nossa cultura de “compromisso com o cliente”.

MG: O que mudou na empresa nos últimos três anos?
EO: Muita coisa mudou nestes últimos 3 anos. Nossas soluções são mais completas e mais interoperáveis. Temos aplicações que atendem a uma imensa gama de empresas, por segmentos de negócios, muitas vezes já customizadas para o usuário, facilitando seu trabalho e otimizando o seu tempo, seus resultados e investimentos. Outro ponto que evoluiu bastante foi a nossa infraestrutura. A Geoagri e a S&CGeo instalaram-se em Ribeirão Preto, em uma sede com 5.000 m2, planejada e construída para atender ao nosso negócio e que nos permite ter um fluxo operacional mais eficiente. Investimos pesadamente em peças de reposição e em um laboratório de assistência técnica, sem igual na América Latina. Também demos muita atenção a sistemas de gestão. Implementamos o SAP e um sistema de BI (business intelligence). A SCCON está com sede em São Paulo totalmente reformada e mais integrada e desenvolvendo várias soluções de GeoTI, utilizando tecnologias de sensoriamento remoto e GIS para o mercado agrícola, de meio ambiente e de utilities. Temos procurado também cada vez mais capacitar nossos funcionários e nossa rede de distribuidores. Nos últimos anos foram mais de 20 milhões de reais investidos, no sentido de sermos uma empresa melhor para nossos colaboradores e clientes.

MG: Quais são os maiores desafios, hoje, em ser um empreendedor no setor de Geomática?
EO: Ser empreendedor é sempre um grande desafio. Buscar e fornecer continuamente ao mercado a melhor solução e realizar isso de forma sustentável, garantindo a evolução e o posicionamento já conquistado pelas nossas empresas, não é tarefa fácil. Especificamente em nosso setor, diria que alguns segmentos são altamente afetados pela economia, isso por si só é um grande problema. A tributação enorme a que estamos sujeitos, e que requer maior capital de giro é também um entrave. Há vários outros, como a dificuldade em se encontrar pessoal com qualificação e experiência requerida, a complexidade fiscal brasileira, a burocracia existente neste país, etc. Acredito que ser empreendedor em nosso país é uma missão mais difícil do que em outros lugares, pois envolve maiores custos e mais riscos.

MG: Que conselho você dá para quem está buscando trabalhar com Drones comercialmente?
EO: Não tenho a menor dúvida de que quem investir em Drones terá enormes chances de sucesso. Acredito que Drones vão revolucionar não apenas nossos mercados, mas nossas vidas. O impacto será forte. Existem inúmeras oportunidades em diversos setores da área de Geomática e em outros segmentos. Aconselho a quem quer entrar nesse mercado a primeiramente analisar, com muito cuidado, com bastante profundidade os diferentes produtos e modelos ofertados. Na aparência todos fazem a mesma coisa: voam e tiram fotos ou fazem vídeos e tal. Mas é nos detalhes, na inteligência embarcada, na tecnologia dos componentes, no suporte ao produto, na assistência técnica, na performance em campo que está a diferença. Para se começar há que se entender a diferença em termos de aplicações dos produtos de asa-fixa e de asa-rotativa. Outro ponto importante obviamente é estar atento à legislação aplicável. A Santiago & Cintra está totalmente pronta para ajudar a todos que queriam entrar nesse mercado.

MG: Como a Santiago & Cintra está se preparando para enfrentar a atual crise econômica brasileira?
EO: Já vimos nos preparando há três anos. Na essência, estamos atuando em três frentes distintas: manter os custos absolutamente sob controle, buscar permanentemente a eficiência na gestão, pois qualquer retrabalho gera custos e consequentemente te consome margem, e adequar nosso portfólio de produtos para sempre sermos competitivos. Tudo isso permeado com o “compromisso com o cliente” que mencionei no início desta entrevista.

Tudo sobre a Santiago & Cintra Geo-Tecnologias, você encontra em: www.santiagoecintra.com.br

MG: Qual o futuro do grupo Santiago & Cintra?
EO: Ser a empresa líder em todas as áreas em que atuamos, não é tarefa fácil. Estamos nos reinventando o tempo todo, seja do ponto de vista da gestão de negócios, da busca da eficiência, seja do ponto de vista tecnológico. Fomos a primeira empresa a trazer Estações Totais ao mercado brasileiro, a primeira a vendar GNSS RTK, a primeira a introduzir o conceito de “automação topográfica”, a comercializar Drones de asa fixa para aplicações de geomática, a fornecer escaners a laser terrestres. Fomos os primeiros a trazer sistemas de agricultura de precisão. Revolucionamos com novos modelos de negócios e soluções completas, o mercado de sensoriamento remoto e com o desenvolvimento de soluções Web-GIS, as aplicações e gestão das informações geoespaciais. Temos um olhar muito atento a tudo o que acontece em termos tecnológicos, no mundo, e somos muito seletivos em escolher marcas, produtos e tecnologias que atendam as demandas de nossos clientes e agreguem valor efetivo. Não tenho a menor dúvida de que com nossa cultura do “compromisso com o cliente”, seguiremos firmes nessa trajetória de liderança e sucesso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caso real: Canoinhas Geoassessoria

A Canoinhas Geoassessoria, fundada em 1998, tem sua matriz localizada em Canoinhas, no estado de Santa Catarina, com unidades em Jacareí (SP) e em Três Lagoas (MS). Confira abaixo um relato do diretor Gilson Pedrassani sobre a história da empresa e da parceria com a Santiago & Cintra Geo-Tecnologias para a obtenção de tecnologia e expertise.

“Quando iniciamos nossas atividades, realizávamos trabalhos na área de manejo florestal e abertura de novas fronteiras agro-silvo-pastoris. Naquele momento já sentíamos a carência de bases cartográficas para realização e implantação de projetos, foi o que nos impulsionou na busca de novas tecnologias para produzir bases cartográficas precisas, em pouco espaço de tempo e com baixo custo. No ano 2000, adquirimos nosso primeiro receptor GPS, um Geoexplorer 3 da Trimble, representada no Brasil pela Santiago & Cintra. O salto tecnológico, em agilidade, qualidade e competitividade foi marcante. Foi o início do desenvolvimento de uma imensa gama de aplicações dos sistemas de navegação global, passando pelos receptores que sofriam com a disponibilidade seletiva, DGPS, L1/L2, RTK, e tantas outras evoluções até chegar hoje aos mais modernos receptores GNSS, que alcançam grande precisão e acurácia com tempo de rastreio reduzido. Paralelamente, nos deparamos com a disponibilidade e a melhoria da resolução espacial das imagens de satélite, que foram aumentando com o lançamento de inúmeros satélites, tornando-se mais populares e acessíveis, enriquecendo e facilitando os estudos e projetos nas mais diversas áreas.Desta forma, tivemos também a oportunidade de agregar mais um importante recurso na execução de nossos projetos. A evolução tecnológica, as mudanças no mercado e o rigor ambiental nos obrigam a nos remodelarmos constantemente ao longo do tempo, focando, hoje, na geração e atualização de base cartográfica, adequação ambiental e avaliação de qualidade de povoamentos florestais. Para projetos de abrangência local temos como ferramental os levantamentos de campo com tecnologia GNSS, que ainda demandam muita mão de obra e tempo, apesar de toda evolução tecnológica e otimização dos processos. Para projetos de maior porte temos as imagens de satélite de alta resolução como insumo a nosso favor, entretanto com problemas de disponibilidade restrita quando falamos em determinadas regiões, condições climáticas, tempo de entrega. Desta forma, ainda sentimos uma lacuna no processo, para projetos de médio e pequeno porte, e foi onde vimos no VANT uma alternativa viável. De acordo com esta visão de mercado, em 2011, já sentindo a necessidade de um diferencial para nossos clientes, iniciamos a prospecção, e em seguida testes, com VANT. Após vários testes e análises de equipamentos e software, decorridos um ano e meio, em 2012, iniciamos os primeiros trabalhos com o modelo Swinglet, fabricado na Suiça pela Sensefly, e distribuído no Brasil pela Santiago & Cintra. A parceria entre Canoinhas Geoassessoria e Santiago & Cintra (e GPS Sul, o representante da Santiago & Cintra para nossa região), que se iniciou no ano 2000, perdura até hoje, e foi o grande diferencial na escolha do equipamento Sensefly. Prospectamos e avaliamos periodicamente as melhores geotecnologias disponíveis no mercado para a nossa área de atuação (o setor agro-florestal), participando dos mais importantes eventos – em setembro de 2015 participamos da Intergeo em Stuttgart, na Alemanha – e podemos afirmar que a Sensefly, com seu modelo eBee, é uma referencia no mercado de VANT”. Hoje, desenvolvemos produtos como geração e/ou atualização de base cartográfica, índice de sobrevivência de plantio (através de censo de indivíduos), qualidade e direcionamento de sentido de plantio, diagnóstico do desenvolvimento e sanidade do povoamento florestal, mapeamento das regiões com mato-competição, stress hídrico, mapas altimétricos agregados a informações de declividade do terreno, área de copa, monitoramento de sinistros – como áreas afetadas por fogo, geada, ventos – localização e concentração dos resíduos pós-colheita, cálculo de volume de pilhas de cavaco e madeira, entre outros.”

Caso real: Uso da tecnologia RTX na mineração

A ETAM Topografia da Amazônia, representante oficial da Santiago & Cintra Geo-Tecnologias no estado do Pará, realizou um estudo comparativo na cidade, a pedido da empresa Mineração Paragominas, para demonstrar os benefícios da tecnologia RTX de correção GNSS. A empresa de mineração utilizava base RTK tradicional diariamente. No estudo demonstrativo, a ETAM utilizou o sistema Trimble RTX, processando dados em tempo real através da modelagem da ionosfera e de algoritmos de compressão capazes de fornecer uma precisão de posicionamento centimétrica em qualquer lugar na superfície da Terra. A tecnologia utiliza dados obtidos em tempo real a partir de uma infraestrutura de estações de referência mundial, para calcular e corrigir a órbita dos satélites – sendo que uma dessas bases está localizada em Belém (PA) e pertence à ETAM – os seus relógios internos, além de diversos outros parâmetros, que são transmitidos ao receptor via satélite ou Internet 3G. Essa estrutura oferece um posicionamento com nível centimétrico confiável, com repetibilidade e alta precisão, disponível em todo o mundo. Para garantir o tempo de atividade aos usuários, todo o sistema Trimble RTX é projetado com alto grau de redundância, que é continuamente monitorado e mantido. A rede global de referência pode acompanhar todas as constelações disponíveis (GPS, GLONASS, QZSS e outras), para entregar o melhor desempenho de posicionamento em tempo real disponível, bem como um monitoramento das condições climáticas. No estudo, a partir do ponto de apoio foram levantados 40 outros, utilizando, para cada um deles, a estação total eletrônica TOPCON GPT-7505 e o receptor TRIMBLE R10 RTK ativado com a correção diferencial RTX. Após o término do levantamento e análise dos dados, a equipe da ETAM concluiu que as diferenças das coordenadas encontradas com estação total e com o R10 RTX foram mínimas e irrelevantes, levando em conta a expectativa para as precisões do serviço de até 10 centímetros; entretanto o levantamento dos 40 pontos ocorreu em tempo menor do que normalmente ocorre. Neste estudo, foram levantados, com o R10 RTX, pontos em locais onde o sinal do rádio (a partir da Base RTK da mina) ou GNSS são de difícil recepção, como dentro da cava da mina. Esses pontos são coletados normalmente com uso de estação total, com tempo de execução mais lento. Outra conclusão foi que o desgaste do coletor de dados é menor, podendo ficar em local seguro com o próprio operador.

Mais informações: www.santiagoecintra.com.br

Alexandre Scussel
Geógrafo (UFPR) e Técnico em Informática. Editor do Portal e Revista MundoGEO, Coordenador Técnico dos Seminários Online e do Evento MundoGEO#Connect LatinAmerica
editorial@mundogeo.com