A capacidade de usar imagens de satélite para monitoramento contínuo da cobertura e uso do solo está padronizada e bem documentada, mas o acesso aos dados tem sido restrito àqueles poucos que podem pagar, e ainda, limitados apenas aos dados de satélites de um provedor ou constelação. A democratização dos dados, através de programas generosos como o Sentinel, torna as imagens de satélites opticos e os dados de radar livremente disponíveis para todos. A Internet das Coisas (IoT) e a explosão de sensores em Drones, webcams, feeds de vídeo, sensores de tráfego conectados, etc. garantiram que tenhamos acesso a mais dados do que nunca. Então por que se restringir a usar dados de poucos satélites comerciais se é possível integrá-los também com dados abertos, Drones e outros em uma única plataforma de monitoramento contínuo?
Embora os dados em si estejam livremente disponíveis, o conhecimento para convertê-los em informações utilizáveis, não está. É necessário encontrar uma maneira fácil dos especialistas construírem algoritmos sofisticados e reutilizáveis capazes de processar altos volumes de dados de diversos sensores. Precisamos que os dados sejam conectados à plataforma de monitoramento assim que coletados e, em seguida, sejam conduzidos através de etapas de processamentos para que as análises sejam executadas automaticamente e gerem informações atualizadas no menor tempo possível.
Juliano Lazaro – Cartógrafo e Bacharel em Direito com 19 anos de experiência em Sensoriamento Remoto e Sistemas avançados de Inteligência de Localização para diferentes indústrias. É co-autor do livro “Sensoriamento Remoto para desastres”, editora Oficina de Textos, organizados pelas experts Tania Maria Sausen e María Silvia Pardi Lacruz. Atua como Gerente Regional de Negócios e Parcerias na América do Sul para os produtos, soluções e serviços baseado nos portfolios tecnológicos da Hexagon Geoespacial.