No final de junho, a notícia sobre a proposta do Ministério da Educação, de reduzir para 22 as denominações dos cursos de engenharia, pegou todos de surpresa. Existem hoje 234 denominações de cursos de engenharia.

Para concretizar a medida, foi lançada uma página na internet com referenciais curriculares mínimos de cada curso proposto. A página ficará disponível para consulta pública em http://tinyurl.com/nfqn64, até 31 de julho, onde todo brasileiro poderá agregar contribuições e sugerir modificações nas linhas gerais de cada curso.

Pela proposta do MEC, os 22 cursos seriam: agronomia, arquitetura e urbanismo, além das engenharias aeronáutica, agrícola, ambiental, civil, de agrimensura, de alimentos, de computação, de controle e automação, de materiais, de minas, de pesca, de produção, de telecomunicações, elétrica, eletrônica, florestal, mecânica, metalúrgica, naval e química.
Existem hoje 1.535 cursos da área de engenharia cadastrados no MEC. Desses, 1.464 estão em atividade, 24 em atividade parcial, 22 paralisados e 25 em processo de extinção.

UFBA e UFV inovam

As Universidades Federais da Bahia e de Viçosa se adiantaram, e já criaram cursos que reúnem as denominações agrimensura e cartografia. A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) também já estaria em processo de mudança.

A proposta da UFBA, baseada na experiência da UFV, é oferecer um curso de engenharia de agrimensura e cartográfica, com 45 vagas anuais, no período noturno e aos sábados, com integralização curricular de aproximadamente quatro mil horas em dez ou doze semestres.

A lista de discussão da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos lançou uma enquete, perguntando sobre qual seria a melhor denominação. Dentre as alternativas, estava a mudança da denominação para engenharia geomática, mais alinhada com a tecnologia atual.

Segundo uma participante da lista, depois da análise de todos os projetos pedagógicos de cursos de engenharia cartográfica e de agrimensura, chegou-se à conclusão de que existem mais semelhanças entre os dois cursos do que outros dois de engenharia civil, oferecidos por Universidades diferentes.

De acordo com outra participante, a Universidade Federal de Pernambuco tem hoje sérios problemas devidos à baixa demanda pelo curso de engenharia cartográfica, e uma das opções para melhorar o quadro seria a mudança do nome, como por exemplo engenharia de geoinformação ou engenharia geomática.

O Cartógrafo

Pedro Maciel de Sousa Pinto, aluno do terceiro ano de engenharia cartográfica na Unesp de Presidente Prudente, convida a todos para participar do fórum www.ocartografo.com.

O portal foi criado com o intuito de que os profissionais e estudantes da área de cartografia possam se comunicar, tirar dúvidas, publicar notícias e trabalhos, disponibilizar downloads de softwares e apostilas, etc..

Paleocartografia

O blog Paleocartografia (www.pluhma.com/maperna/blog), escrito por Marco Antonio Perna, fala sobre a polêmica em torno dos neologismos, como neogeografia, paleocartografia e similares, e analisa o papel do engenheiro cartógrafo no mercado atual.

O espaço foi criado após um debate realizado durante o seminário GEOWEB & GPS, que aconteceu no dia 15 de abril em São Paulo. Na ocasião, Rafael Siqueira (CTO do Apontador|MapLink), Silvana Camboin (diretora da Geoplus) e Guilherme Pacheco (diretor do buscador de viagens Mundi), falaram sobre os mashups, a neogeografia e o mapeamento colaborativo, em um dos debates de maior destaque do evento.

Baixe o podcast do Seminário GEOWEB & GPS em www.mundogeo.com/seminarios/GG.