GDT – GEOGRAPHIC DATA TECHNOLOGY
Esta é a mais nova empresa a vender bases cartográficas do Brasil. Especializada em compilação de dados geográficos, a GDT estará vendendo a partir deste ano o DYNAMAP/Brazil, que inclui informações sobre as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Recife. Segundo Lorie Ishimatsu, diretora de assuntos internacionais da GDT, isso é apenas o começo. Em breve, todas as grandes cidades brasileiras deverão ter sido compiladas pela empresa.
Leia a seguir uma entrevista exclusiva, concedida por Ishimatsu a infoGEO durante o expoGEO Brasil Central 98, realizado em novembro do ano passado, em Brasília. O evento serviu de palco para a primeira exibição do DYNAMAP ao público brasileiro.

infoGEO – Como é a empresa GDT nos Estados Unidos?
Ishimatsu – A GDT foi fundada em 1980. Sua especialidade é a compilação de dados geográficos. Hoje, depois de 18 anos compilando dados para os Estados Unidos, temos um dos maiores bancos de dados cartográficos do nosso país. Há dois anos, nossa empresa começou a investigar a possibilidade de fazer mapas de outros países.

infoGEO – O Brasil foi o país escolhido para a primeira tentativa internacional da GDT. Por quê?
Ishimatsu – A matriz de nossa empresa, a R. L Polk., já tinha alguns negócios no Brasil. E através disso nós vimos que aqui havia espaço para uma empresa como a nossa. Existem muito poucas empresas aqui no Brasil que fazem mapas do mesmo tipo que nós fazemos. Nos Estados Unidos também existe apenas uma meia dúzia de empresas especializadas na elaboração deste tipo de produto.

infoGEO – Quais são os principais usos dos produtos de vocês?
Ishimatsu – Eu acho que nossos produtos podem ser utilizados principalmente para aplicações como o geomarketing, telecomunicações, transporte / logística, varejo, restaurantes de serviço rápido, seguros e consultoria em GIS.

infoGEO – Como será vendido o Dynamap Brasil?
Ishimatsu – O produto estará disponível através de empresas
aqui no Brasil. Por problemas legais, não podemos fazer venda direta ao consumidor, como fazemos nos EUA.

infoGEO – De onde são conseguidos os dados para a compilação?
Ishimatsu – Nós não fazemos trabalho de campo para levantar estes dados. Vamos buscá-los com quem já os possui: prefeituras, EBCT, IBGE, empresas privadas, clientes e usuários, por exemplo.

infoGEO – De quanto em quanto tempo os mapas serão atualizados?
Ishimatsu – Nos EUA, geralmente atualizamos nossos dados trimestralmente. Mas aqui, como o produto é novo, e por causa de dificuldade na obtenção dos dados, pelo menos no início devemos fazer uma atualização a cada seis meses.

infoGEO – Existe já a intenção de fazer produtos para outros mercados da América Latina?
Ishimatsu – Em 99, devemos lançar o Dynamap/Argentina e criar novas áreas de cobertura para o Brasil. Também estamos examinando a possibilidade de criar outros produtos para países da América Latina .