A Espaço GEO acredita que as geotecnologias são fundamentais para o desenvolvimento inteligente de um país. Apesar dos avanços, resultados e casos de sucesso, observamos que nem sempre essas tecnologias têm sido implantadas e usadas da melhor maneira possível no Brasil. Profissionais, empresários e instituições usuárias de geoinformações sabem que diversos aspectos ainda vêm prejudicando o crescimento do mercado.
Quais as causas desses entraves? Quais são realmente os problemas? Quais as propostas concretas para resolvê-los? Quem são os responsáveis por apresentá-las?
Através da revista infoGEO e dos eventos do circuito expoGEO, temos nos esforçado para colocar idéias em circulação, provocar reflexões, auxiliando a formação de opinião da comunidade usuária e produtora de geoinformações.
Provocando o debate, expondo as idéias de especialistas, empresários e gestores, pretendemos criar uma visão mais profunda e mais crítica da tecnologia e seu mercado, passando pelos processos de produção, disseminação e uso das informações geográficas.
Nesta edição da revista destacamos um tema debatido no expoGEO Brasil Central 98, realizado em Brasília: a comercialização de dados geográficos e a legislação de direitos autorais. Apresentamos a opinião de usuários, produtores e dirigentes de instituições reguladoras nacionais. Pela heterogeneidade de opiniões, pode-se notar que estamos apenas engatinhando no assunto. Diferentes interpretações, defendidas com tanta confiança, fizeram parecer que os debatedores falavam sobre países diferentes. A legislação existente é no mínimo confusa e pelo que temos conhecimento, na prática, na maioria das vezes, não está sendo levada em consideração. Esta era a opinião da maioria dos profissionais que assistiram ao debate.
No expoGEO Brasil 99, em maio, junto com 150 palestras e 20 cursos, outros 12 debates serão realizados, incluindo uma esperada evolução no tema comercialização e direitos autorais.
Um outro assunto que apresentamos nesta revista e que terá um espaço de destaque no evento é o impacto que os satélites de transmissão de dados de baixa órbita (LEO) terão no mercado de monitoramento de veículos e conseqüentemente no mercado de geotecnologias.
O barateamento do processo deverá fazer com que em pouco tempo até nossos carros particulares possam ser monitorados.
Temos notícia que ainda neste ano, de 10 a 20 empresas estarão comercializando soluções nesse setor. A questão que se apresenta é: teremos dados geográficos para atender a essa demanda?
Outra questão para pensar: você imagina quanto movimenta em recursos o mercado de producão e comercialização de mapas e guias de viagens, os chamados produtos de varejo? Este segmento não deve estar inserido nas geotecnologias? (Leia na pág. 17 entrevista com Norman Strasma, presidente da IMTA, International Maptrade Association, para conhecer um pouco sobre o mercado americano)
Muitas novidades, surpresas, desafios, oportunidades, indagações e apenas uma certeza. O mercado de geoinformações é promissor, cresce a cada dia e tem tudo para se tornar cada vez mais popular. Abrir espaço para discutir e legislar sobre estas questões significa queimar etapas, ganhar tempo e realizar este sonho.
Venha debater conosco no expoGEO Brasil 99 em Curitiba!
Emerson Zanon Granemann é engenheiro cartógrafo e diretor técnico da Espaço GEO. Infogeo@espacogeo.com.br