Saiba os motivos e as estratégias que levam uma grande promotora de feiras de negócios – a Alcantara Machado – a investir num evento de GEO
Por Deise Roza

Por que a Alcântara Machado Feiras de Negócios, que organiza o Salão do Automóvel, a Feira de Utilidades Domésticas (UD), e outras 29 feiras, se interessaria por um evento de geotecnologias?

Pois bem, se interessou. A empresa vai organizar este ano o GEOBrasil 2000 – Feira e Congresso Internacionais de Geoinformação. E para saber dos seus motivos, expectativas e estratégias a revista infoGEO conversou com Duda Escobar, diretora da Alcantara Machado.

Ela começa dizendo que a Alcantara está sempre sensível a novas tecnologias e novos mercados com potencial de crescimento. Deixa claro porém, que o GEO não é exatamente um mercado emergente, sendo que determinados segmentos já são bastante explorados. Mas o Brasil é um país que tem seu próprio tempo e ritmo para que informações, tecnologias e soluções sejam absorvidas e assimiladas como parte da cultura. "O GEO é um mercado interessante, que está mudando de perfil, deixando de ser elitizado", afirma. A Alcantara Machado, segundo Duda, constatou que cada vez mais, as Geotecnologias passam a fazer parte do dia-a-dia de empresários e usuários, ampliando sua área de atuação.

"A Alcantara", diz a diretora, "com suas feiras de negócios, apóia os mercados que contribuem para o desen-volvimento, melhoria da qualidade de vida e envolvimento do Brasil no cenário internacional. Estamos certos de que chegou o momento de colocarmos a geoinformação em evidência, tornando-a mais popular".

O namoro com o mercado de GEO começou em 96. Desde então fizeram pesquisas, avaliaram a realidade atual, o potencial de crescimento e efetivaram os contatos para a realização do evento.

O objetivo da empresa, com o GEOBRASIL 2000, de acordo com a organizadora, é alavancar o mercado. Para isso, a estratégia é investir no estabelecimento de diferenciais, como a atração de novos compradores, através de ampla divulgação, e a realização de um evento de cunho internacional.

"O destaque internacional é importante porque os expositores dessa área geralmente têm vínculos com o exterior, sendo filiais, representantes ou distribuidores de uma marca ou produto. É fundamental sensibilizar as matrizes e representadas a apoiarem suas parceiras no GEOBrasil".

Nesse trabalho, Duda foi para Miami em novembro de 99, marcar presença e divulgar o GEOBRASIL 2000 no Cesii (Congresso Executivo de Sistemas Integrados de Informação), está solidificando parceira com a GITA (Geospatial Information & Technology Association), vai para Denver (EUA), em março deste ano, na XXIII Conferência Anual da Associação, e já definiu espaço nas revistas Geoinformacion (Argentina, Chile e México) e Utilities IT (EUA).

"A Alcantara Machado vai promover a internacionalização do mercado brasileiro de GEO , mostrar que o Brasil tem grande potencial de demanda por produtos e serviços do setor, e que vale a pena investir aqui", garante ela.

Quanto à divulgação no território nacional, a diretora diz que está sendo feito um alto investimento em mídia. Afinal, para atrair novos compradores, não se pode ficar divulgando só em revistas do próprio segmento. "Estamos usando veículos especializados de vários setores que aplicam as Geotecnologias, abrimos um vasto leque para atingir a todos". A intenção da Alcantara é atrair empresários, tomadores de decisão, enfim, todos os potenciais compradores de Geotecnologias.

Duda escobar (Alcantara Machado Feiras de Negócios), Emerson Granemann (Coordenador do Congresso GEOBrasil 2.000) e Bob Samborski (Diretor Executivo da GITA).

Para isso, foi definido que o objetivo de tudo que acontecer no evento deverá estar voltado para a apresentação de soluções que levem à negócios, tanto no Congresso quanto na Feira. Depois de várias reuniões entre a organizadora do evento, a comissão técnica e o coordenador do congresso, Emerson Zanon Granemann, concluiu-se que o critério básico para seleção de trabalhos será o de que todas as palestras escolhidas tenham um enfoque prático, de real aplicabilidade, apresentando cases de sucesso e discutindo temas atuais importantes para o desenvolvimento do mercado.

"Isso é o que garante o interesse do usuário em participar, e o retorno ao expositor. Nenhuma empresa mais investe numa feira apenas institucionalmente. O investimento do expositor tem que ter retorno comercial iniciado na feira ou, dependendo do produto, imediato", afirma Duda Escobar.

Ainda sobre o Congresso, Duda explica que sua importância vital vem do fato de o GEO ser um mercado em que não há como separar o comercial da questão técnica. "O comprador precisa ter junto com a solução, o conhecimento de como aplicá-la".

A organização do evento tomou cuidado para que feira e congresso possam ser aproveitados igualmente, sem atropelos. Definiu horários que permitam ao participante do Congresso ter sempre quatro horas e meia livres exclusivamente para visitar a feira. Ela vai funcionar das 14h às 21h, entre 14 e 16 de junho, enquanto o Congresso será do dia 12 ao 16, das 9h às 16h30.

A Alcantara pretende trazer à feira três mil visitantes "realmente interessados em conhecer e adquirir soluções em geoinformação". No congresso espera-se cerca de 900 participantes. Duda acredita que a alavancagem do mercado, que o evento pretende promover, acabará levando as empresas do setor de GEO a evoluir. Segundo ela, "a cada edição que uma empresa participa, ela se torna mais conhecida, mais procurada e, conseqüentemente, mais responsável pelo padrão de qualidade no atendimento aos seus clientes. Isto leva à necessidade do desenvolvimento de uma estrutura mais bem organizada, incluindo por exemplo, um departamento de marketing, para planejar adequadamente ações na feira e posteriores a ela, que valorizem o cliente.

"Com o tempo, esta empresa desperta a atenção dos usuários, passa a incomodar os concorrentes gerando uma saudável competição e o natural crescimento do mercado".

"A Alcantara tem em sua agenda muitos excelentes exemplos deste potencial de crescimento. Um deles é a BRASILPLAST – Feira Internacional da Indústria do Plástico, que teve sua primeira edição, há cerca de 14 anos, com 800 metros quadrados, no mesmo Palácio das Convenções do Anhembi, e é hoje, com seus 33 mil m2, a terceira maior feira de plástico do mundo. Inclusive, já gerou duas outras, nascidas de seus setores", comemora a diretora.

Serviço

Evento: GEOBRASIL 2000 "Feira e Congresso Internacionais de Geoinformação"
Local: Palácio das Convenções do Anhembi, São Paulo (SP)
Congresso: de 12 a 16 de junho de 2000, das 9h às 16h30
Feira: de 14 a 16 de junho de 2000, das 14h às 21h
Credenciamento grátis para a feira no site: www.geobr.com.br

Mais informações através do site do evento (www.geobr.com.br), do e-mail info@geobr.com.br ou do fone (11)826-9111