Geonavegação: conheça um pouco do que está sendo desenvolvido em questão de GEO na Internet
Por Deise Roza

A Internet tem se revelado uma das melhores formas inventadas até hoje de se transmitir e receber informações. Cada vez mais explora-se sua capacidade ilimitada para a distribuição e fluxo de dados, produtos, softwares, imagens, e tudo o mais que se queira, ou se possa, disseminar, vender ou comprar. No Brasil o setor de GEO está mergulhando cada vez mais fundo na rede mundial de computadores, democratizando o acesso à Geoinformação. "Muito interessante na Internet é que ela dá a oportunidade para se publicar de forma rápida e barata", afirma Frederico Fonseca, que é colunista de Internet da infoGEO e doutorando na Universidade do Maine (EUA). "Já temos edições on line de notícias geográficas, por exemplo. A publicação de mapas também é uma opção interessante, não só mapas chamados oficiais, de cadastro de prefeituras, IBGE, etc, mas também de mapas turísticos e de localização para viajantes. Este ao meu ver é um grande potencial ainda a ser explorado", completa.

Outra possibilidade da rede para quem trabalha com Geoinformação é o acesso a softwares e livros da área por meio de download. Um GIS como o Spring, por exemplo, fornecido gratuitamente pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), poder ser "baixado" no endereço: www.dpi.inpe.br. No mesmo site há também um livro on line sobre geoprocessamento.Já no endereço www.unigeo.com.br/avhp/index.htm pode-se encontrar uma apostila em fomato digital sobre o GIS ArcView, da ESRI (Ver mais detalhes no navegando, página 13).

Dados e equipamentos
No início de agosto foi lançado o primeiro portal de e-commerce na área de Geoinformação do Brasil, o Geodecision. Os parceiros na sua implantação são as empresas Imagem, Intersat, de São José dos Campos, Base Aerolevantamentos, de São Paulo, SightGPS, do Rio de Janeiro e a americana ERDAS Inc. Entre os dias 23 de agosto e 18 de setembro ele já teve 4576 visitas. Como um shopping center de Geotecnologias, está sendo desenvolvido para oferecer seis corredores de produtos e serviços. Nesses corredores, o usuário poderá acessar notícias, oportunidades de negócios, ensino à distância, e pesquisar e comprar dados geográficos e socio-econômicos diversos fornecidos pelos parceiros do Portal. "De fato, o que o Geodecision.com oferece aos seus usuários são serviços: mecanismos de busca de dados geográficos, soluções de geotecnologias (softwares e equipamentos), informações, cursos de capacitação em geotecnologias e consultoria," descreve o Plano de Negócios do Portal.

Uma das maiores facilidades prometidas pelo empreendimento é permitir que o usuário possa saber de forma simplificada os dados que existem sobre sua área de interesse, quem os vende, e qual o preço. "Isto representa um salto considerável em relação à maneira como é feito hoje", diz o texto do projeto.

Segundo Marcos Leandro Kazmierczak, gerente de Negócios do Geodecision, o investimento inicial foi de US$ 500 mil, e a expectativa de acessos para os próximos dois anos é de 5 mil/dia. Parte dos "corredores" (subdivisões do site) ainda está em desenvolvimento mas, os três primeiros já estão sendo disponibilizados. São o GeodesicionNews, fornecendo as principais notícias de interesse do setor de geotecnologias, publicadas em revistas e jornais no Brasil, e artigos escritos por articulistas do próprio portal; o DataMART, disponibilizando bases cartográficas, dados temáticos, imagens orbitais, fotografias aéreas e dados sócio-econômicos e o GeoTOOLS, voltado a comercialização de softwares, equipamentos, e outras ferramentas da tecnologia de GEO. "Os produtos comercializados (equipamentos, imagens, dados geográficos e dados de mercado) não são do Portal, e sim de responsabilidade de seus fornecedores", explica o gerente de negócios. No futuro próximo, de acordo com Cristiane Moreno de Oliveira, gerente de marketing do portal, serão implementados o canal de cursos, o de negócios e um fórum de discussões, com consultoria de especialistas. O portal também contará com um programa de fidelidade. O portal está no ar no endereço: http://www.geodecision.com.

Tela do corredor GeoShopping, do Portal Geodecision

GIS na Internet
Os sistemas de informações geográficas estão sendo utilizados na web principalmente para auxiliar pessoas a encontrar o que procuram e a chegar onde querem. Isso, sem que elas saibam que estão usando GIS. Um exemplo disso é que pessoas totalmente leigas nesse tipo de sistema podem pesquisar informações geográficas sobre a localização das ofertas de lazer da cidade de São Paulo, no site www.guiasp.com.br. Através do software MapXtreme, aplicativo de GIS para Internet da MapInfo, é possível localizar restaurantes, hotéis, museus ou outros pontos da cidade, em vários níveis de zoom, desde o nível das zonas territoriais até o das ruas. Também se pode inserir um endereço e achar sua localização no mapa. São responsáveis por tornar o serviço possível a Geograph (representante MapInfo no Brasil), que forneceu o MapXtreme e a geocodificação dos pontos de interesse, a Multispectral, que forneceu os mapas de São Paulo, e o grupo Starmedia, que recentemente adquiriu o controle sobre o site.

Outro exemplo desse tipo de serviço é o www.apontador.com, lançado na Expocom Wireless 2000, que aconteceu entre 29 de agosto e primeiro de setembro últimos. O site possibilita pesquisar o mapa de uma cidade para localizar ruas, endereços, serviços e estabelecimentos mais próximos (como bancos, farmácias ou supermercados), e encontrar a melhor rota entre dois endereços. O serviço é também disponibilizado para celulares com tecnologia WAP (Wireless Application Protocol, que permite ao celular acessar a Internet). O site e o sistema de pesquisa dos mapas, foi idealizado e desenvolvido pela Mobiminds, de São Paulo, fundada há cinco meses por três engenheiros e quatro estudantes de engenharia. Segundo o responsável pela comunicação da empresa, Rogério Hong, o empreendimento foi formado em função da entrada da tecnologia WAP no Brasil. "O nosso site é o primeiro site de roteirização do Brasil, disponível em Web e em WAP", afirma ele. "O principal foco da empresa é o mercado wireless", completa. Hong conta que o Apontador é o primeiro produto desenvolvido pela empresa, que descobriu em pesquisas que os sites de localização são os mais visitados por usuários de celulares WAP na Coréia e no Japão. "Explorar o Location Based Service (Serviço Baseado em Localização) foi uma via natural de entrar no mercado, dado que esse tipo de serviço é um dos mais funcionais e mais populares nos países europeus e orientais".

Os mapas já disponíveis no site são do Rio de Janeiro, São Paulo, ABC paulista, Diadema, Osasco, Guarulhos e Barueri. "A previsão é de expandir para as principais capitais do país até o fim do ano", diz Hong. A empresa já fechou contrato com a Telefonica Celular para iniciar o serviço em breve em todas as capitais onde a operadora tem concessão. O Rio de Janeiro foi o primeiro a ser lançado, dia 18 de setembro.

Até os grandes portais brasileiros, como UOL (Universo On Line) e Terra, já estão investindo na disponibilização de mapas e serviços de localização e roteirização na Internet. O UOL, maior provedor de acesso e conteúdo do Brasil, uniu-se em julho à fabricante de celulares Ericsson para o desenvolvimento e prestação de serviços a quem acessa a Internet via celular. Um deles será baseado em localização. Assim, um motorista perdido que tiver um celular com tecnologia WAP (Wireless Application Protocol) vai poder visualizar na tela do aparelho um mapa da região onde se encontra e dos caminhos para chegar ao seu destino. Ainda terá acesso a indicações de endereços de restaurantes, cinemas e teatros próximos. Esse sistema já funciona em alguns países da Europa, como Suécia, de onde provem a Ericsson. Se o celular for munido de um receptor GPS, as opções tornam-se ainda maiores: é possível ao usuário identificar exatamente o ponto onde se encontra e ainda usufruir de serviços de roteamento para descobrir a melhor maneira de chegar ao local desejado.

UOL e Ericsson estão apostando na informação georeferenciada como um dos conteúdos que conseguirão atrair o usuário de tecnologia WAP. "As aplicações e conteúdos são os aspectos mais importantes da Internet móvel. As pessoas só usarão suas facilidades se encontrarem lá as atrações que farão dela essencial", afirma Caio Túlio Consta, diretor geral do UOL. Estima-se que o serviço UOL/Ericsson de localização via celular já esteja operante até o final deste ano. A Ericsson calcula que até 2004, cerca de 40% dos usuários de celular vão estar usando seu telefone para acessar a web, o que, segundo cálculos da empresa, significa entre 400 e 600 milhões de pessoas no mundo e entre 15 e 20 milhões no Brasil.

A percepção, por parte de empresas de Internet, do valor de oferecer mapas e serviços tem levado também a parcerias com empresas da área de GEO. É o caso do Portal Terra e da fornecedora de mapas digitais Multispectral, que firmaram um acordo durante o GEOBrasil 2000, em junho, em São Paulo, para criação de serviços de consulta de mapas, localização geográfica e disponibilização via Web do maior acervo cartográfico do país. Anunciaram um investimento inicial de US$ 2 milhões. O projeto já prevê a implantação de linguagem WAP, para que os usuários de Internet por celular possam utilizar o serviço de localização de endereços e roteirização. Segundo o portal Terra informa em release, outro benefício oferecido será a possibilidade de incluir mapas com a localização das lojas presentes nos canais de e-commerce do Terra.

Além disso, para o público corporativo do portal, afirma Paulo Castro, diretor de e-commerce, disponibilizaremos aplicações para localização de serviços, roteamento e planejamento. "Isso permitirá que pequenas e médias empresas tenham acesso a recursos sofisticados, somente utilizados em grandes corporações", completa ele. Os planos são audaciosos. "Nosso objetivo é disponibilizar, até o final de 2001, um acervo cartográfico completo através da Internet, mapeando praticamente todas as cidades do Brasil", diz Maximiliano D. Pacífico, um dos fundadores e diretores da Multispectral.

Um site que busca desenvolver a tecnologia de GIS na Web e também torná-la acessível aos internautas é o GISWEB, que disponibiliza mapas interativos usando o software Autodesk MapGuide. Atualmente, o site tem disponível um mapa interativo que compreende a região entre Londrina e Maringá, e as cidades vizinhas. O endereço é: www.gisweb.com.br

Cursos on line
Além dos serviços já descritos, a Internet permitiu também o surgimento de cursos a distância, utilizando ferramentas como e-mail, chats (bate papo virtual), apostilas para download e outros. Essa possibilidade vem permitir ao profissional ou estudante aprimorar-se sem precisar se mudar para fazer um curso, e otimizando o tempo que seria gasto numa sala de aula. Apesar da educação a distância ter ainda suas limitações, segundo matéria publicada dia três de setembro no jornal O Estado de São Paulo, somente nos últimos três meses, os investimentos no setor ultrapassaram US$ 72 milhões. Atualmente, alguns endereços onde se pode encontrar cursos da área de GEO, em português, são: a UniGEO, a Universidade Virtual e o site da ESRI. Em breve o Geodecision também estará atuando nesse ramo.

A UniGEO se autodefine como um núcleo de treinamento virtual em geomática. Ela oferece cursos de GIS, GPS, ArcView (popular GIS da ESRI), fotogrametria, cartografia e projeto de GIS. A coordenação geral do site é feita pelo Professor Amandio Luís de Almeida Teixeira (amandio.unigeo@unigeo.com.br ou amandio@visualnet.com.br ) e a coordenadoria acadêmica por Flavia Colacchi. O endereço da UniGEO é: www.unigeo.com.br

A ESRI, uma das maiores empresas do mundo no mercado de GIS, também resolveu investir no treinamento através da Internet, para habilitar cada vez mais pessoas a utilizar seus produtos. Como a rede pode ser usada por usuários do mundo todo, há cursos em várias línguas, inclusive português. Os dois cursos atualmente disponíveis em português são "Programação com Avenue" e "Introdução ao ArcView GIS", traduzidos respectivamente pelos especialistas brasileiros Marcio Botelho e Mirna Cortopassi Lobo. No primeiro deles serão ensinadas técnicas para escrever scripts Avenue (a linguagem de programação do ArcView), possibilitando a criação de aplicações personalizadas. No curso de "Introdução ao ArcView GIS", destinado a quem ainda é novo no software e em sistemas de informações geográficas em geral, o aprendizado irá abranger a elaboração de mapas, criação de gráficos, medição de distâncias e áreas, análises de relações espaciais e outros. Os cursos têm carga horária média de 20 horas e custam 100 dólares cada, valor que pode ser pago online, através de cartão de crédito. O endereço do site é: http://campus.esri.com.

A Universidade Virtual (www.uv.com.br), que oferece cursos nas áreas de artes, comunicação, direito, educação e outras, oferece também na área de geografia os cursos de Cartografia, e Introdução ao Geprocessamento, ambos com 40 horas de duração e idade mínima de 18 anos. "Essa é uma área em plena expansão, muito carente de cursos de qualidade", afirma o diretor da instituição, Ricardo Amatucci. O curso de cartografia tem o objetivo de apresentar os principais elementos dessa área, visando uma iniciação aos conceitos básicos. O de Introdução ao Geoprocessamento apresenta noções básicas, abordando as áreas de aplicação da tecnologia e sua fundamentação teórico-metodológica. A UV é um projeto de ensino à distância desenvolvido pelo Colégio Albert Estein, de Osasco, e existe desde final de 1996. A entidade oferece os cursos de Cartografia e Introdução ao Geoprocessamento desde 97, com o apoio da Profª Dra. Arlete Meneguette, da UNESP, e desde então, segundo a direção, já formou mais de 50 alunos. Amatucci afirma que serão incluídos mais cursos de GEO. "Queremos algo mais prático, na área de GPS, e convidamos os interessados a acessar a UV para propor um curso nesse sentido. Estamos abertos a avaliar propostas", diz.

Correção diferencial
A Internet tem um grande potencial como agente facilitador do trabalho diário. Um exemplo é a economia e facilidade que ela está proporcionando para a correção diferencial de dados GPS. Correção diferencial é um método utilizado para se conseguir mais precisão em uma posição medida com um receptor GPS. Um aparelho sozinho tem uma precisão de mais ou menos 10 metros (agora que o governo americano tirou a degradação do sinal) mas, para várias finalidades, como mapeamento ou demarcação de terras, é necessário mais. Então, é preciso comparar a medição do receptor de coleta de dados com a de outro que fique fixo em uma posição conhecida. As distorções percebidas nas medidas do GPS fixo são então "descontadas" das medidas feitas pelo móvel por um software de pós-processamento.

Mas, graças à Internet pode-se utilizar apenas um GPS e obter os dados de correção de estações de monitoramento contínuo instaladas pelo país. Essas estações contam com receptores fixos em posições conhecidas monitorando 24 horas por dia. E tais dados são disponibilizados na Internet, por dia e por estação (também conhecida como base). Um exemplo desse sistema de estações é a Rede de Monitoramento Contínuo do IBGE, a RBMC. Essa rede tem 13 estações operadas pelo IBGE – nem todas em funcionamento – e uma operada pelo INPE, em Fortaleza.

Com exceção da base de Fortaleza, os dados coletados ainda não estão na Internet, mas os planos são de disponibilizá-los na web assim que possível, gratuitamente. Hoje, para obtê-los, é preciso fazer um pedido e pagar uma taxa de 120 reais. Os dados são enviados por e-mail ou gravados em CD. Para saber onde estão localizadas as bases, visite o site www.ibge.gov.br e entre no link Geociências-Geodésia. Os dados da estação de Fortaleza podem ser"baixados"no endereço: ftp://cddisa.gsfc.nasa.gov/gps/gpsdata/ .

Outra rede também mantida pelo setor público é a do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). A Rede Incra de Bases Comunitárias (RIBaC) foi lançada em junho último e já tem 27 estações de monitoramento instaladas em sedes do INCRA, nas capitais e principais cidades do país. Duas delas, Macapá e Belém, não estão operacionais por causa de obras nas sedes onde se encontram. A meta final, segundo o INCRA, é implantar 44 estações, o que seria feito até o final deste ano. Os dados de monitoramento são gratuitos e estão disponíveis na página do INCRA, no endereço www.incra.gov.br (o link para a RIBac está no lado esquerdo da tela descendo a barra de rolagem).

De acordo com Edaldo Gomes, técnico responsável pela área de medição e demarcação da Superintendência Nacional do Desenvolvimento Agrário, a rede foi criada para ser uma ferramenta nos trabalhos de agrimensura do INCRA, duplicando sua capacidade operacional ao liberar para coleta de dados os receptores GPS que eram usados como bases fixas para correção diferencial. A decisão de implantar uma rede própria, diante da existência de uma do IBGE, segundo Gomes, foi tomada por decorrência de detalhes técnicos da RBMC, como por exemplo dados em formato não compatível com os receptores do INCRA, e distância muito grande entre algumas bases. Além disso, os funcionários do Instituto podem acessar os dados gerados pelas estações do INCRA em tempo real pela Internet, pela Intranet do INCRA e por linha discada. "A RBMC não disponibiliza os dados em tempo real", lembra Edaldo.

Empresas que vendem receptores GPS também estão se preocupando em fornecer correção diferencial a seus clientes, permitindo que eles economizem na compra de aparelhos e, ao invés de dois, comprem um só. Exemplo disso são a Manfra, de Curitiba (PR), a Santiago & Cintra, de São Paulo e a SightGPS, do Rio de Janeiro.

Representante da Leica no Brasil, a Manfra instalou em julho suas duas primeiras bases, uma em Curitiba, no CEFET, e outra em Guarapuava. Os dados do monitoramento de ambas serão disponibilizados gratuitamente num site que está em fase final de desenvolvimento (leia mais no Navegando, pág.10).

A Santiago & Cintra começou a oferecer o serviço em março de 98, e disponibiliza os dados apenas para seus clientes, o que faz gratuitamente. A empresa tem atualmente sete bases, cinco delas operando, e as demais em fase de instalação. Estão distribuídas de forma abrangente: São Paulo, Quatá, Belo Horizonte, Feira de Santana, Criciúma, Rio de Janeiro (em fase de instalação) e Ponta Grossa (em fase de instalação). Os dados estão disponíveis no endereço www.santiagoecintra.com.br/intro_cbs.html.

A SightGPS tem quatro estações de monitoramento, que ficam no Paraná, no Rio de Janeiro, na Paraíba e em Minas (para a localização exata consultar o site: www.sightgps.com.br. O serviço, que é oferecido desde o ano passado, é gratuito e basta se cadastrar no site da empresa para utilizá-lo. Jader Leite, diretor da empresa, afirma que vai instalar entre duas e quatro bases a mais nos próximos meses e que acredita haver cerca de 100 usuários atualmente.

Resultado de uma consulta de Frederico Fonseca, procurando o próprio endereço.

Monitoramento de veículos via Internet
Outra área alavancada pela Internet é o monitoramento de veículos. Esse serviço, que monitora à distância a posição geográfica de um carro equipado com GPS, utiliza-se da Internet como meio de disponibilizar a informação ao cliente. Assim, a empresa que contrata um serviço de localização automática de veículos pode acompanhar os passos de sua frota através de um endereço privativo na rede, onde o fornecedor do serviço disponibiliza a posição do veículo sobre o mapa da região em que ele se encontra.

A Exitos Logística (www.exitos.com.br), de Curitiba, é uma das empresas que oferece esse tipo de serviço e, recentemente, lançou ainda um novo produto. Com a Rede Info, através de um site na Internet, toda a cadeia logística – compradores, transportadora e fornecedores – pode rastrear em tempo real a posição da carga, saber o que está acontecendo com o caminhão e prever o tempo que ele vai demorar para chegar ao destino. Além da vantagem de maior controle da operação, a solução reduz também o fluxo dos Call Centers, pois os clientes têm acesso direto via Internet. O site fica hospedado num servidor da Exitos e cada cliente tem uma senha para acessar as informações e monitorar sua frota no mapa.

Estações de monitoramento contínuo instaladas nas sedes do INCRA de Curitiba e Fortaleza, respectivamente.

Nos EUA, país que costuma estar sempre a frente em questão de tecnologia, o que há de mais interessante em Internet, na opinião do colunista Frederico Fonseca, são os serviços que oferecem mapas para aparelhos de mão, como Palm Tops e celulares. "Outro serviço interessante na Internet daqui é o acesso a mapas urbanos de todos os Estados Unidos, com pouco nível de detalhe, é verdade, mas com uma cobertura muito boa", acrescenta.

Quanto ao futuro, Fonseca comenta também os detalhes técnicos. "É necessário que novas interfaces de usuário sejam desenvolvidas para o uso de GIS através da Internet. A rede introduziu novos problemas para a área de interfaces, ainda mais e na área de Geo, que já vem com um atraso muito grande mesmo nos sistemas atuais", lembra Fonseca. Quanto ao futuro, ele espera que as fontes de geoinformação no Brasil percebam que a Internet está trazendo maneiras mais baratas de se publicar informações. "E saibam aproveitar este meio para divulgar informações geográficas", complementa.