Apesar da sonda Mars Global Surveyor (MGS) já ter terminado sua missão original, a NASA decidiu prolongar por mais um ano as observações no Planeta Vermelho.

"O impacto científico da Mars Global Surveyor foi extraordinário. Em alguns casos, temos agora melhores mapas de Marte do que da Terra", destacou em um comunicado o principal cientista da missão, Arden Albee, do Instituto de tecnologia da Califórnia em Pasadena.

Seus instrumentos permitiram estudar o clima, a topografia e os recursos do subsolo, e também cartografar todo o planeta. Em órbita ao redor de Marte desde setembro de 1997, a MGS tirou mais de 58 mil fotos e 490 milhões de medidas, com seu altímetro a laser. Entre os principais avanços proporcionados pela MGS, figuram as provas de que já houve grande quantidade de água na superfície de Marte, sobretudo na grande planície que cobre a maior parte do hemisfério norte, e que o hemisfério sul possui uma camada magnetizada, o que significa que esfriou muito rapidamente. Também foi possível medir a quantidade de água congelada em dois pólos, que é equivalente a uma vez e meia a camada de gelo da Groenlândia.

A missão Mars Global Surveyor custou cerca de US$ 250 milhões.