Inventário que utilizou imagens de satélites e dados recolhidos em 960 locais mostra uma significativa recuperação da floresta natural no Rio Grande do Sul.

A área de floresta nativa teve um acréscimo de 33,7 mil km², na comparação com estatísticas de 1983. Com 49.556 km², hoje corresponde a 17,53% do território gaúcho. A Secretaria de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul afirma que o Estado é o único no país que "inverteu a curva de desmatamento".

Depois de quase três anos de trabalho, o "Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul" concluiu que a recuperação da floresta deve-se ao abandono de áreas mais difíceis de serem cultivadas, redução da mão-de-obra rural, conscientização dos proprietários, Código Estadual do Meio Ambiente e Código Florestal do Estado, considerado mais restritivo que o federal. Dos 17,53% de florestas nativas, 13,50% são florestas naturais em estágio avançado e médio de regeneração; 4,03% são florestas naturais em estágio inicial.

O Governo do Rio Grande do Sul informa que não existe trabalho similar ao do inventário no país. Para o levantamento, que consumiu R$ 1 milhão, foram rodados 275 mil quilômetros para a coleta dos dados de campo.