A Ericsson do Brasil descobriu parte dos usos do geoprocessamento há cerca de quatro anos, quando sua área de engenharia utilizava esses recursos para mapear o posicionamento das estações radiobase (ERBs) de celulares.

Depois da privatização das telecomunicações, porém, o aumento da competição entre as operadoras e o fato do mercado ganhar concorrentes que conheciam pouco o seu público fez com que a Ericsson transformasse o geoprocessamento em uma diretoria específica, que vê na geoinformação um recurso de marketing estratégico. A empresa passou a ser uma espécie de consultoria para ajudar suas clientes a fazer o posicionamento estratégico de novos produtos, a direcionar melhor lançamentos e promoções para públicos específicos.

Com isso, a Ericsson atende a praticamente todas as operadoras do país. Mesmo a engenharia, primeira usuária do geoprocessamento na Ericsson, hoje tem condições de apresentar um mapeamento que, além dos dados topográficos de determinada região, inclui as características socio-econômicas da população que a habita. O uso desses recursos na criação de oportunidades de negócios na área de telefonia será abordado durante o GEOBrasil, que acontece de 19 a 22 de junho em São Paulo (SP).