A Sanepar não aceitou as críticas que a companhia recebeu do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) a respeito dos recentes problemas no reservatório do Iraí.

A empresa admite que de fato tinha conhecimento dos "diversos inconvenientes" para a construção da barragem do Iraí, em virtude principalmente da topografia da região, mas pondera que era necessário usar este manancial, que representa mais de 20% de toda a disponibilidade de água da bacia do Alto Iguaçu. Por isso, mesmo sabendo das dificuldades, a Sanepar alega que não poderia abandoná-lo.

A empresa garante ainda que a construção da barragem obedeceu a todos os passos do projeto e levou em consideração suas vantagens e desvantagens. Além disso, depois de concluído o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), o projeto teria sido submetido a uma audiência pública, que teve a participação de diversas entidades, inclusive o Senge (Sindicato dos Engenheiros do Paraná).

Sobre o esgoto lançado no reservatório, o gerente de distribuição informou que a Sanepar consumiu valor equivalente a uma vez e meia o custo da barragem (US$ 27 milhões, na época) em ações de saneamento, para tentar reverter o processo de degradação da barragem do Iraí. Ainda assim, cerca de 10% dos imóveis no entorno do reservatório ainda não possuem tratamento de esgoto, que a Sanepar promete atender nos próximos dois anos, com recursos do Paraná San.