Sem chuva há 45 dias, o sul, o sudoeste e o oeste do Pará podem se transformar em uma imensa fogueira se a estiagem iniciada em julho se prolongar por mais tempo. Atualmente, há cerca de 500 focos de incêndios e, já na primeira semana de julho, as imagens geradas pelo satélite NOAA-12 e analisadas pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), indicavam a existência de 385 focos de incêndio no sul e sudeste do Pará.

A tendência é que a situação se agrave pela ausência de chuva e pela elevação da temperatura, cuja média é de 35 graus. E apenas seis fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão na região, que tem uma área equivalente ao território da Bélgica.

A luta contra as queimadas ganhou reforço há dois anos, com a criação do Programa de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndio Florestal na Amazônia Legal (Proarco), mas, até agora, esse reforço se mostrou insuficiente.

O programa começou a ser executado em 1999, aumentou sua área de atuação ano passado e entrou na segunda fase em abril deste ano – com a previsão de treinamento de 45 brigadas no sul e sudeste do Pará. Para equipar as brigadas, o programa conta com um orçamento de R$ 425.394,50. E, até agora, esse trabalho só está começando em seis cidades.