O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) fez na quarta-feira (22) uma apresentação do Microssatélite Franco-Brasileiro (FBM) na reunião do Conselho da AEB (Agência Espacial Brasileira).

A fabricação do microssatélite, que custará cerca de US$ 11 milhões, dividido igualmente entre Brasil e França, já começou. A empresa LEG, de São José dos Campos, está construindo a estrutura mecânica do satélite, num contrato de R$ 859 mil. Dois outros contratos estão em fase de preparação, para fornecimento dos subsistemas de potência elétrica e dos geradores solares.

O Brasil irá fornecer também o subsistema de controle térmico. Depois de lançado, o FBM, em órbita, ficará sob responsabilidade do Centro de Rastreio e Controle de Satélites do Inpe, em São José.

O segmento solo será desenvolvido e implantado pelos brasileiros, com o apoio dos técnicos da França, incluindo a estação terrena de recepção de dados. Os franceses também já iniciaram a fase de construção das partes sob sua responsabilidade.

Os brasileiros levarão a bordo cinco experimentos: três tecnológicos – da Universidade Federal de Santa Catarina – e dois científicos, desenvolvidos pelo Inpe, selecionados pela Academia Brasileira de Ciência. A França terá quatro experimentos, um científico e três tecnológicos.

Durante as passagens do satélite sobre a área de abrangência da antena da estação terrena brasileira, os dados dos experimentos serão enviados ao centro de controle do Inpe. Depois, os dados serão enviados para os centros de missão da França e do Brasil para processamento e distribuição aos usuários.

O lançamento do FBM está previsto para o início de 2004, a partir da base de Alcântara, no Maranhão, com o foguete VLS, desenvolvido pelo IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão vinculado ao CTA (Centro Técnico Aeroespacial).