Levantamentos feitos por imagens de satélite mostram que entre 5% e 7% do território do estado de São Paulo correspondem a margens de rios sem matas ciliares, que pela legislação não podem ser desmatadas, ou seja, formariam um estoque permanente de carbono. Para recuperar essas áreas, seriam necessárias 1,5 bilhão de mudas, o que significa uma grande oportunidade de negócio e de empregos.

A informação é importante quando se lembra que deve ser ratificado o Protocolo de Kioto, regulamentando os mecanismos de redução de emissões de carbono. A partir disso, uma grande oportunidade para o Brasil está na obtenção de financiamento para projetos de seqüestro de carbono através de reflorestamento. Existem atualmente 27 projetos desta natureza (recuperação de áreas protegidas, plantação de carvão vegetal para siderurgia, reflorestamento permanente com espécies nativas, florestas energéticas e indústrias de base florestal, como a de papel e celulose) em 19 países, totalizando 3,5 milhões de hectares.

A estimativa é de que com a regulamentação do Protocolo sejam investidos aproximadamente US$ 18 bilhões por ano para diminuir a emissão de carbono. Quanto o Brasil poderá abocanhar dessa fatia vai depender dos critérios da regulamentação, o que definirá também quais tipos de investimento poderão ser realizados.