O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Luiz Gylvan Meira Filho, recebeu na segunda-feira (17/9) em Brasília uma delegação chinesa para tratar do programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Observação da Terra; em inglês, China-Brazil Earth Resources Satellite), iniciado em 1988 com a assinatura de um acordo de cooperação entre os dois países. Foi apresentada uma avaliação técnica do segundo satélite da série, o CBERS-2, cujos testes operacionais foram realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT/Inpe) em São José dos Campos.

Este satélite está previsto para ser lançado no próximo ano, da China, e garantirá a continuidade dos serviços prestados pelo Cbers-1, lançado em outubro de 1999, na obtenção diária de imagens da Terra e coleta de dados meteorológicos, hídricos e ambientais.

Pelo acordo, o Brasil assume o comando da operações do satélite por um período de seis meses, que corresponde a 25% de sua vida útil. Em março deste ano, o Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) do Inpe assumiu esta responsabilidade sobre o satélite CBERS-1, que passou então a ser rastreado durante as suas quatro passagens diárias sobre o território brasileiro pela Estação de Cuiabá (MT).

Os chineses reassumem esta função a partir do final do mês de setembro. Em Brasília, foi debatida a questão da continuidade do programa, que prevê a construção de dois novos satélites (CBERS 3 e 4), com aprimoramentos tecnológicos e imagens de melhor resolução. Nos dois primeiros da série foi estimado um orçamento de US$ 300 milhões, dos quais 30% de responsabilidade brasileira.