Representantes das comunidades científica e empresarial mostraram-se entusiasmados na quinta-feira (20/9), em Brasília, com as mudanças previstas no projeto da Lei da Inovação.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Embrapa são exemplos dos mais de 20 institutos de pesquisas federais que seriam beneficiados, além das universidades.

Caso o projeto seja aprovado no Congresso, facilitaria muito a participação dos pesquisadores nas empresas e possibilitaria a eles participar dos resultados econômicos de sua própria inovação, o que não ocorre hoje. Tanto empresários como pesquisadores defendem a abertura dos laboratórios federais para pesquisas do setor privado. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, garante que o setor esta preparado para absorver o conhecimento dos pesquisadores e o crescente número de doutores formados no Brasil (6 mil só neste ano).

"As empresas obviamente têm necessidade de atrair esses cientistas", afirmou. "Há uma consciência concreta do empresariado sobre a importância da inovação. Tenho certeza que o mercado empresarial reagirá muito bem ao apoio em ciência e tecnologia". Para Piva, o trabalho de pesquisa nas universidades deve continuar, mas a aplicação do conhecimento deve ocorrer mais dentro das empresas.