Como o Espírito Santo suspendeu o licenciamento para o plantio de eucalipto, a Aracruz Celulose busca expandir sua floresta rumo ao norte do Rio de Janeiro.

A vigência da lei 6.780, de outubro deste ano, condiciona seus efeitos à realização de um mapeamento agroecológico, que deverá ser feito pelas secretarias estaduais para Assuntos de Meio Ambiente (Seama) e a Agricultura (Seag) – esta última por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf). Dessa forma, a atividade passaria a ser regulada pelo poder público, com a definição prévia das áreas aptas ao plantio.

A Aracruz acionou a Confederação Nacional da Agricultura para discutir a inconstitucionalidade da Lei 6.780 no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

Já o governo capixaba entende que o mapeamento vai disciplinar o plantio da floresta da empresa. Enquanto isso, já foi assinado até um protocolo de intenções para o desenvolvimento de um pólo de produção de madeira entre a corporação, que investe mais de US$ 575 milhões no estado capixaba para ampliar a sua planta, e a Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro.

Vale lembrar que a Aracruz Celulose teve uma receita líquida de R$ 957,54 milhões em 2000.

O estudo de viabilidade econômica fica pronto em janeiro, mas só o projeto Rio envolve um investimento da ordem de R$ 86 milhões, numa área com 20 mil hectares de extensão. Para suprir sua nova unidade, a fábrica C, a Aracruz precisa de 47 mil novos hectares de plantio de eucalipto.