Imagens de satélite vão ajudar órgãos ambientais e de defesa do meio ambiente a detectar e controlar vazamentos de petróleo na costa brasileira. A ANP assinou na quinta-feira (7/3) convênio para participar do projeto e vai desembolsar R$ 6,86 milhões dos R$ 9,2 milhões que serão necessários.

A Coordenação de Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe) está desenvolvendo um sistema de monitoramento remoto das atividades petrolíferas no Brasil, com o auxílio de imagens de satélites canadenses, americanos e do Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia (Sivam). O monitoramento remoto de derramamento de óleo deverá estar em operação daqui a seis meses.

O sistema vai identificar a existência e a movimentação de manchas de óleo em águas brasileiras e avisar autoridades ambientais e de defesa civil para que tomem as medidas de controle dos vazamentos. A Coope está elaborando um mapa das áreas de risco para cruzar informações com o destino dos vazamentos e dar alerta quando estiverem ameaçadas pelas manchas de óleo.

Para a ANP, o sistema poderá contribuir para o mapeamento de indício de reservas de petróleo através dos vazamentos naturais de pequenas quantidades de óleo do fundo do mar. Além da compra das imagens, a Coppe terá de investir na aquisição de um receptor para receber as imagens dos satélites. O sistema já é usado em outros países, mas em menor escala.