Quarta-feira (13/03) o Centro de Rastreio e Controle de Satélites (CRC) do Inpe realizou uma manobra de correção de órbita do satélite CBERS-1, entre 22 horas e meia-noite. No início deste mês, o comando das operações do satélite em órbita, que estava sob a responsabilidade dos chineses, voltou a ser do Brasil.

O acordo entre os dois países para o programa CBERS prevê que estas operações sejam coordenadas de acordo com a participação de cada país no desenvolvimento do satélite: 70% da parte chinesa e os 30% restantes do Brasil. Com a ampliação da vida útil do satélite, já superior a dois anos, o Inpe passa ter a sua participação nas operações também estendida além do previsto.

A manobra de correção de órbita é realizada periodicamente, com intervalo de alguns meses. A ocorrência de tempestades magnéticas, que se intensifica com as atividades do Sol, tende a provocar o decaimento de órbita do satélite. A queda de altitude do CBERS-1 pode interferir na obtenção contínua de imagens de toda a superfície da Terra, deixando de registrar dados sobre algumas regiões do planeta. Para que o CBERS-1 volte à órbita nominal é necessário que seu propulsor seja acionado através de um telecomando enviado pelo CRC.

Às 22 horas de quarta-feira, durante uma passagem do satélite, o propulsor foi preparado e numa passagem subsequente entrou em funcionamento por 7 segundos, consumindo cerca de 70g de combustível. A operação que corrigiu a órbita do CBERS-1 deverá se repetir daqui a um mês, aproximadamente.