O satélite de sensoriamento remoto construído pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) deverá ser lançado entre os meses de julho e outubro. A cooperação entre os dois países teve início com a assinatura do protocolo China-Brazil Earth Resources Satellite (Cbers), em julho de 88, que previa a construção de dois satélites. O Cbers-1 foi lançado em outubro de 99 e ainda encontra-se em funcionamento.

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Múcio Dias, considera importante que o país tenha mais de um satélite de sensoriamento remoto. Isso contribuirá para aumentar a massa de informações de imagens sobre o território brasileiro que proporcionará o incremento sobre as atividades ligadas ao monitoramento ambiental, a identificação de desmatamento, planejamento urbano, além de estudos sobre qualidade da água, agricultura, cartografia, entre outras atividades.

O Cbers-2, testado no Inpe, já foi transportado para China num Boeing 747 fretado. A antecedência permitirá os ajustes finais para o lançamento, entre julho e outubro, da base de Taiyuan Satellite Launching Center. A resolução das imagens captadas pelo Cbers-2 será de 20 metros. Ele estará numa órbita a 800 km de altura e, a cada 26 dias, fotografará no mesmo horário a mesma posição na Terra, o que possibilitará uma melhor interpretação e avaliação das imagens obtidas.

O presidente da AEB informou que estão adiantadas as negociações de continuidade da cooperação Brasil-China nesta área. Ambos os países estudam a proposta de um novo acordo com a previsão de lançamento de mais dois satélites de sensoriamento remoto ainda mais sofisticados, com resolução de até 5 metros.