Para saber se o corte das chamadas matas ciliares também interfere na quantidade de água de um manancial, uma equipe do Laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Geosere), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), iniciou um projeto na Bacia Hidrográfica do Rio Botafogo, ao norte do Grande Recife.

Os pesquisadores comparam imagens de satélite cedidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Cia. Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) e Secretaria de C&T e Meio Ambiente, que retratam as florestas e os cursos d"água, nos últimos dez anos. A suposição, no entanto, apenas poderá ser comprovada daqui a dois anos. Esse é o tempo previsto para a conclusão da primeira etapa do projeto, quando será estudada a Bacia Hidrográfica do Rio Botafogo.

A segunda e a terceira etapas, cada uma também com duração prevista de dois anos, estudarão as bacias do Rio Tapacurá e Gurjaú, respectivamente. Todas as bacias abrigam estações da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) que abastecem o Grande Recife.

O projeto abrange, ainda, comparações do corte das matas ciliares, que compreendem uma faixa de vegetação com cem quilômetros a partir das margens do rio, com análises da qualidade da água.

Os dados estão sendo fornecidos pela CPRH e pela Compesa. Além de analisar as imagens de satélite, os pesquisadores da UFRPE fazem visitas ao Rio Botafogo.